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Tipo: Tese
Título: Síndrome metabólica em adultos não obesos e sua relação com medidas das circunferências cervical e torácica e com o índice de adiposidade corporal
Autor(es): Sales, Ana Paula Abreu Martins
Orientador: Montenegro Junior, Renan Magalhães
Palavras-chave: Adiposidade;Obesidade;Fatores de Risco;Síndrome Metabólica;Pesos e Medidas Corporais
Data do documento: 2015
Citação: SALES, A. P. A. M. Síndrome metabólica em adultos não obesos e sua relação com medidas da circunferência cervical e torácica e com o índice de adiposidade corporal. 2015. 100 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015.
Resumo: A associação da síndrome metabólica (SM) com obesidade, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia, patologias relacionadas com maior risco de doença cardiovascular, já está bem estabelecida. O índice de massa corporal (IMC) e a medida da circunferência abdominal (CA) são parâmetros antropométricos importantes na avaliação clínica de rotina, e até no diagnóstico, dessa situação. No entanto, têm despontado na literatura estudos avaliando indivíduos com peso normal pelo IMC, mas que apresentam alterações metabólicas comuns em obesos. Poucos (ou nenhum) desses estudos avaliaram a associação entre SM em indivíduos não obesos e a medida da circunferência cervical (CC) e da circunferência torácica (CT), como parâmetros antropométricos de avaliação da distribuição de gordura no segmento corporal superior, e com o índice de adiposidade corporal (IAC), sugerido como preditor da quantidade de gordura corporal. Esse estudo teve por objetivo avaliar a prevalência de SM em adultos com IMC entre 18,5 e 29,9kg/m2 do Nordeste do Brasil; a relação da CC, CT e do IAC com os componentes da SM nesta população e; a capacidade desses parâmetros antropométricos identificarem a presença da síndrome. Foram feitas análises de correlação entre a CC, CT e IAC com os componentes da SM e, posteriormente, regressão linear (sem ajuste e com ajuste para idade, CA e IMC) entre as variáveis que apresentaram correlação. Para se avaliar a capacidade dos parâmetros identificarem casos de SM foram realizadas análises com curva ROC e depois propostos pontos de corte para as mesmas. Foram avaliados 276 indivíduos (85 homens e 191 mulheres) com média de idade de 34,9 ± 11,2 anos e média de IMC de 24,9 ± 2.8 Kg/m2. A prevalência de SM foi de 28%. Nas análises de correlação a CC e a CT se correlacionaram com praticamente todos os componentes da SM, exceto a glicemia, sendo essas correlações mais fortes com a CA. O IAC apresentou correlações apenas com CA e HDL colesterol. Nos modelos de regressão linear incluindo todos os 276 indivíduos, a CT foi capaz de predizer mudanças nos níveis de HDL colesterol nos modelos sem e com ajuste e nos níveis de triglicerídeos apenas no modelo sem ajuste. Entre os homens, A CT e a CC foram capazes de predizerem mudanças nos níveis de pressão arterial sistólica nos modelos com e sem ajustes e a CC foi capaz de predizer mudanças nos níveis de HDL apenas no modelo com ajustes. Entre as mulheres, a CT foi capaz de predizer mudanças nos níveis de triglicerídeos apenas no modelo sem ajuste. O IAC não foi avaliado nas análises de regressão linear por não apresentar correlação com as variáveis dependentes. A CC, CT e o IAC foram capazes de identificar SM, na análise da curva ROC, sendo os melhores resultados com as duas primeiras. Os pontos de corte da CT de 95,8cm nos homens e 87,3cm nas mulheres foram os que apresentaram melhor sensibilidade, com especificidade maior que 50%, para o rastreio de casos de SM; quanto à CC, os pontos de corte de 37,5cm nos homens e 32,8cm nas mulheres, foram o que apresentaram melhor sensibilidade, com especificidade também maior que 50%, para o rastreio de casos de SM. Esses achados indicam uma elevada prevalência de SM em adultos não obesos e sugerem que medidas antropométricas do segmento corporal superior têm relação com a SM e seus componentes, podendo identificá-los nesta população. O IAC, por sua vez, esteve mais fracamente relacionado à SM e seus componentes nesses indivíduos. Tais evidências são de grande importância uma vez que a utilização de medidas simples poderá ser rotineiramente realizada na avaliação desses indivíduos e sinalizar aqueles com maior risco de distúrbios metabólicos e cardiovasculares, propiciando um diagnóstico e intervenção precoces.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/13697
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