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Tipo: Tese
Título: Acompanhamento de crianças e adolescentes com história familiar de hipertenção arterial
Título em inglês: Accompaniment of children and adolescents with family history of arterial hypertension
Autor(es): Chaves, Emília Soares
Orientador: Araújo , Thelma Leite de
Palavras-chave: Pressão Arterial;Hipertensão;Adolescente
Data do documento: 2007
Citação: CHAVES, E. S. Acompanhamento de crianças e adolescentes com história familiar de hipertenção arterial. 2007. 126 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2007.
Resumo: A presença das alterações da pressão arterial em crianças e adolescentes tem evidenciado que a hipertensão arterial pode ter sua história inicial nesta etapa de vida. Acredita-se que os efeitos deletérios da hipertensão, no caso de sua existência, poderiam ser minimizados se a sua presença fosse detectada precocemente, bastando para isso que a avaliação da pressão arterial fosse feita periodicamente e constasse como parte obrigatória das consultas a crianças e adolescentes. Estudos epidemiológicos sobre pressão arterial na infância também revelam que a persistência de valores elevados nesta fase da vida reforça a hipótese de que a hipertensão em adultos é resultado direto de hipertensão na infância. Teve-se como propósito acompanhar por tempo prolongado crianças e adolescentes com história familiar de hipertensão arterial, Analisando a evolução dos percentis/classificação de pressão arterial de crianças e adolescentes. O estudo longitudinal/prospectivo foi desenvolvido em uma comunidade da periferia de Fortaleza- Ceará. A pressão arterial foi avaliada em cinco encontros: primeiro semestre de 2004; primeiro semestre de 2005; segundo semestre de 2005; primeiro semestre de 2006 e no segundo semestre de 2006. A coleta de dados foi realizada no domicílio em períodos pré-determinados. Pelos dados obtidos, foi possível confirmar que crianças e adolescentes podem ter pressões arteriais elevadas, mesmo sem uma aparente causa específica e sem sintomatologia. O grupo apresentado foi composto por 141 participantes, na sua maior parte do sexo feminino (71). As idades variaram de 6 a 21 anos no decorrer do período de acompanhamento. Os valores mais elevados de pressão arterial mostraram-se naqueles do sexo masculino. Um percentual maior das crianças e adolescentes tinha parentesco de 2º grau com o portador de hipertensão arterial (48,9%), sendo estes os que mostraram maiores valores médios de PAS e de PAD. Das 92 crianças, 30 crianças permaneceram sem alterações dos percentis de pressão arterial em todas as avaliações; 42 apresentaram alterações a partir da 3º avaliação; oito mostraram alteração dos percentis somente na última avaliação realizada; 11 apresentaram alterações dos percentis de pressão arterial em todas as avaliações e 20 apresentaram alteração dos percentis em alguma avaliação, mas na última mostraram percentis normais de pressão arterial. Dos 49 adolescentes, 32 permaneceram sem alterações dos percentis de pressão arterial em todas as avaliações; oito apresentaram alterações a partir da 3º avaliação; dois indivíduos mostraram alteração dos percentis somente na última avaliação; seis apresentaram alterações dos percentis de pressão arterial em todas as avaliações e três apresentaram alteração dos percentis em alguma avaliação, mas na última mostraram percentis normais de pressão arterial. Não foi possível identificar significância estatística em relação aos fatores de risco apresentados ao longo do acompanhamento, parecendo ser o fator familiar o maior contribuinte para os valores elevados das pressões arteriais. Confirma-se a necessidade de monitoração da pressão arterial rotineira de crianças e adolescentes e, mesmo sem correlação estatística significativa, a identificação precoce de indicadores de risco como sobrepeso, obesidade, sedentarismo, história positiva para hipertensão, uso de fumo e bebida alcoólica na prevenção de eventos cardiovasculares futuros.
Abstract: The presence of alterations of blood pression in children and adolescents has shown that arterial hypertension may have its initial history in this life stage. It is believed that the harmful effects of hypertension, when they exist, could be minimized if their presence was detected precociously, if the evaluation of blood pressure was done periodically and if it were a mandatory part of the consultations to children and adolescents. Epidemiologic studies about blood pressure in childhood also reveal that the persistence of high values in this stage of life reinforces the idea that hypertension in adulthood is a direct result of hypertension in childhood. One aimed to follow children and adolescents with family history of arterial hypertension for a long time, analyzing the evolution of percentage/classification of blood pressure in children and adolescents. The longitudinal/prospective study was developed in a poor community of Fortaleza-Ceará. The blood pressure was evaluated in five meetings: first semester of 2004; first semester of 2005; second semester of 2005; first semester of 2006 and second semester of 2006. The data collection was conducted at home in pre-determined periods. By the data obtained, it was possible to confirm that children and adolescents can have high blood pressure, even without an specific cause and no sinthomatology. The group presented was composed by 141 participants, in the majority females (71). The ages varied from 6 to 21 years old in the period of accompaniment. The highest values of blood pressure were found in the male patients. A bigger percentage of the children and adolescents were relatives of second degree of arterial hypertension bearers (48.9%), and these showed the biggest average values of SBP and DBP. Out of 92 children, 30 remained with no alterations of the percentages of blood pressure in all evaluations; 42 presented alterations starting from the 3rd evaluation; eight showed alterations of the percentage only on the last evaluation conducted; 11 showed alterations of the percentages of blood pressure in all the evaluations and 20 presented alterations of the percentages in some evaluation, but in the last one showed normal percentage of blood pressure. Out of 49 adolescents, 32 remained with no alterations of the percentages of blood pressure in all evaluations; eight presented alterations starting from the 3rd evaluation; two individuals showed alterations of the percentages only on the last evaluation; six presented alterations of the percentages of blood pressure in all the evaluations and three presented alterations of percentages in some evaluation, but in the last one presented normal blood pressure percentage. It was not possible to identify statistic significance concerning the risk factors presented during the accompaniment, apparently being the family factor the biggest contribution to the high values of blood pressure. It is confirmed the necessity of a regular monitoring of children and adolescents’ blood pressure and, even without significant statistic correlation, the precocious identification of risk factors such as overweight, obesity, sedentarism, positive history to hypertension, smoking and drinking in the prevention of future cardiovascular events.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/2059
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