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Tipo: Dissertação
Título: Subjetividade no mundo do trabalho: indivíduo, neoliberalismo e resistência a partir da ressignificação da Bioeconomia
Título em inglês: Subjectivity in the world of work: individual, neoliberalism and resistance from the ressignification of Bioeconomy
Autor(es): Carvalho, Tainã Alcântara de
Orientador: Aquino, Cassio Adriano Braz de
Palavras-chave: Mundo do Trabalho - subjetividade;Sociologia do trabalho;Resistência (Psicologia);World of work;Resistance
Data do documento: 2017
Citação: CARVALHO, Tainã Alcântara de. Subjetividade no mundo do trabalho: indivíduo, neoliberalismo e resistência a partir da ressignificação da bioeconomia. 2017. 227f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza (CE), 2017.
Resumo: Este trabalho parte da indagação acerca da subjetividade no âmbito laboral sob o contexto da dinâmica econômica enquanto bioeconômica, relacionada, assim, à Bioeconomia. A proposta está constituída como uma análise teórica sobre os princípios do trabalho na contemporaneidade, vislumbrando a ressignificação do conceito de Bioeconomia, inicialmente apreendida a partir das contribuições de Andrea Fumagalli em "Bioeconomia e capitalismo cognitivo". Pontua-se, para tanto, críticas, reflexões e proposições constitutivas, além de discussões sobre o mundo do trabalho a partir das condições nas quais se encontram os trabalhadores e os tratamentos concedidos aos mesmos, sobremaneira às possibilidades de resistência que podem conjecturar na contemporaneidade mediante situações cada vez mais sutis de controle e exploração. Nesse sentido, a presente produção foi desenvolvida sobre um método de base bibliográfica, indicando a necessidade de ressignificação de conceitos e exploração e diálogo de conteúdos ligados ao âmbito do mundo do trabalho. Dessarte, em correspondência às contribuições de Andrea Fumagalli e à exposição de suas bases teóricas, empreendeu-se uma revisão do conceito de Bioeconomia inicialmente por meio de um aporte da Economia através de Nicholas Georgescu-Roegen – e sua defesa de um "programa bioeconômico mínimo" – para, posteriormente, seguir caminho por meio de Foucault e seu estudo sobre biopolítica, Marx e sua crítica à Economia Política, e, em retorno, Andrea Fumagalli e outros autores contemporâneos, visando prover o conceito de Bioeconomia de substância à análise, em seguida, das condições reais de inserção da subjetividade no mundo do trabalho e das estratégias de resistência empregadas pelos indivíduos mediante sua adequação ao contexto laboral. Com este percurso teórico, assim, demonstramos proximidade às considerações da via marxista do pós-operaísmo italiano, perspectiva que nos servirá de lente para o melhor vislumbre sobre as transformações do mundo do trabalho. À vista disso, as considerações iniciais apontam que os "indivíduos que trabalham" se inserem sob uma miríade de estratégias de resistência que seguem as formas de controle e os processos de reestruturação produtiva nas quais se veem imersos em relação ao mercado de trabalho, uma ilustração do conjunto dos empregadores e das empresas como um todo. Estabelecendo-se não como dicotômicas, as ideias de resistência ou resiliência passam a ser apontadas como amálgamas destes mesmos posicionamentos, com primazia na contemporaneidade de situações de "resiliência-resistência" em contraposição a uma "resistência-resiliência", situação aquela na qual se busca sobretudo um equilíbrio pessoal dentro do espaço de trabalho e um afastamento a situações que possam causar adoecimento. Nessa seara, os entendimentos sobre a Bioeconomia e, em seu cerne, de acumulação bioeconômica, mostram-se de importância para o tratamento sobre as formas de controle do bios humano ao alcance dos objetivos de valorização do capital, desde a mais básica concepção de bios aos aspectos fisiológicos do indivíduo, às concepções mais refinadas, relacionadas, por exemplo, aos aspectos da memória e da atenção dos indivíduos.
Abstract: This work starts from the question about the subjectivity in the labor scope under the context of the economic dynamics as bioeconomic, related, thus, to Bioeconomy. The proposal is constituted as a theoretical analysis about the principles of work in the contemporaneity, aiming at the re-signification of the concept of Bioeconomy, initially apprehended from the contributions of Andrea Fumagalli in "Bioeconomy and cognitive capitalism". For that, criticisms, reflections and constitutive propositions are discussed, as well as discussions about the world of work based on the conditions in which the workers are found and the treatments granted to them, especially the possibilities of resistance that they can conjecture in contemporary times through increasingly subtle situations of control and exploitation. In this sense, the present production was developed on a method of bibliographical basis, indicating the need of re-signification of concepts and of exploration and dialogue of contents related to the scope of the world of work. Thus, in correspondence with the contributions of Andrea Fumagalli and the exposition of his theoretical bases, a revision of the concept of Bioeconomy was initially undertaken through a contribution of the Economy through Nicholas Georgescu-Roegen – and his defense of a "minimal bio-economic program" – in order to follow the path through Foucault and his study on biopolitics, Marx and his critique of Political Economy, and in return, Andrea Fumagalli and other contemporary authors, in order to provide the concept of Bioeconomy of substance to analysis, in followed, of the real conditions of insertion of subjectivity in the world of work and of the strategies of resistance employed by individuals through their adaptation to the work context. With this theoretical path, we thus demonstrate proximity to the considerations of the Marxist path of Italian post-operaism, a perspective that will serve as a lens for the best glimpse of the transformations of the world of work. In view of this, the initial considerations point out that the "working individuals" are inserted under a myriad of resistance strategies that follow the forms of control and the processes of productive restructuring in which they are immersed in relation to the labor market, an illustration of the set of employers and companies as a whole. Establishing themselves not as dichotomous, the ideas of resistance or resilience come to be pointed as amalgams of these same positions, with primacy in the contemporaneity of situations of "resilience-resistance" as opposed to "resistance-resilience", a situation in which is sought above all a personal balance within the workplace and a move away from situations that may cause illness. In this section, understandings about Bioeconomy and, at its heart, bioeconomic accumulation, are of importance for the treatment about the ways of controlling human bios within reach of the objectives of capital valorization, from the most basic conception of bios to the physiological aspects of the individual, to the more refined conceptions, related, for example, to the aspects of memory and attention of individuals.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/22175
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