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Type: Tese
Title: Estudo farmacológico da fração hexânica de Lonchocarpus sericeus (Poir) Kunth e seus constituintes químicos, lonchocarpina e derricina
Title in English: Pharmacologic study of the hexane fraction from Lonchocarpus sericeus (Poir) Kunth and from their chemical constituents, lonchocarpin and derricin
Authors: Fontenele, Juvenia Bezerra
Advisor: Viana , Glauce Socorro de Barros
Keywords: Medição da Dor;Antiinflamatórios;Chalconas
Issue Date: 2004
Citation: FONTENELE, J. B. Estudo farmacológico da fração hexânica de lonchocarpus sericeus (Poir.) e seus constituintes químicos, lonchocarpina e derricina. 2004. 291 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2004.
Abstract in Brazilian Portuguese: O gênero Lonchocarpus é bastante conhecido e amplamente estudado, porém não há registros na literatura científica dos usos farmacológicos da espécie Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth, (Leguminosae Papilionaceae). Estudos químicos demonstraram que a fração hexânica das cascas das raízes de L. sericeus (FLS) é rica nas chalconas: lonchocarpina (LCC) e derricina (DRC). O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos tóxicos e as ações farmacológicas da FLS e de sua chalconas LCC e DRC. A DL50 para FLS em camundongos foi de 781,5 mg/kg por v.o. e 446,2 mg/kg, por via i.p. A FLS e a DRC mostraram efeito inibitório concentração-dependente sobre o desenvolvimento embrionário de ovos de ouriço-do-mar Lytechinus variegatus. A FLS, LCC e DRC apresentaram ainda atividade citotóxica sobre células de leucemia linfocítica de origem humana. A FLS, administrada por via sistêmica, apresentou atividade antiedematogênica nos modelos de edema de pata induzidos por carragenina (Cg) e levedura de cerveja, mas não sobre aqueles induzidos por dextrano ou bradicinina. O efeito da FLS no edema por Cg não foi modificado pela associação com a indometacina ou L-NAME, mostrando que a mesma parece não interferir com a via da COX ou do sistema NO. Entretanto, este efeito da FLS foi potencializado pela pentoxifilina (PTX) evidenciando uma possível inibição da FDE e/ou da síntese de citocinas inflamatórias como o TNF-alfa. Apesar de ter inibido significativamente a migração de neutrófilos na cavidade peritoneal de ratos induzida por Cg, a FLS apresentou um efeito inibitório bem maior sobre àquela induzida por fMLP, demonstrando que a mesma além de bloquear a síntese e/ou liberação de mediadores inflamatórios como PGs, LTs e citocinas, pode também bloquear uma das etapas da migração ou ainda, inibir alguma das molécula de adesão envolvidas neste processo. A FLS também reduziu o dano tissular induzido por ácido acético em ratos, evidenciado através de seu efeito inibitório sobre a atividade da MPO. Entretanto, a mesma não foi capaz de suprimir a formação do tecido de granulação, induzida por pellet de algodão, onde as PGs desempenham um papel essencial. A atividade antinociceptiva da FLS também foi observada em modelos experimentais de dor como teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético e teste da formalina, em camundongos. Todavia, a FLS não modificou a resposta nociceptiva ao estímulo térmico no teste da placa quente. Este efeito antinociceptivo da FLS independe do sistema opióide e da via do NO, e também não envolve a participação do componente adrénergico, porém além de outros mecanismos, a inibição da FDE e/ou da síntese de citocinas como TNF-alfa parecem exercer um papel importante na antinocicepção da FLS. A atividade antiagregante plaquetára da FLS, LCC e DRC também foi estudada e os resultados demonstraram que as mesmas possuem efeito inibitório da agregação in vitro em plasma humano rico em plaquetas, frente aos agonistas ADP, colágeno, trombina, ácido araquidônico e adrenalina. O efeito antiagregante plaquetário da FLS, LCC e DRC foi potencializado pela PTX, um inibidor da fosfodiesterase de AMPc, mas não pela L-arginina ou pelo ácido acetilsalicílico. Desta forma, a FLS possui atividade citotóxica, antiinflamatória, analgésica e antiagregante plaquetária. Estes efeitos parecem ser mediados pelas chalconas LCC e DRC, presentes na FLS.
Abstract: The Lonchocarpus genus is well known and much studied though there is no record on scientific publications about the pharmacological properties of the species Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth, (Leguminosae Papilionaceae). Chemical research determined that the hexanic fraction from root bark of L. sericeus (FLS) is rich in two chalcones: lonchocarpin (LCC) and dericin (DRC). This work’s purpose was to investigate the toxical effects and the pharmacological actions of FLS and its chalcones LCC e DRC. The LD50 of FLS in mice was 781,5 mg/kg, p.o. and 446,2 mg/kg, i.p. FLS and DRC showed concentration-dependent inhibition on the development of the sea urchin Lytechinus variegatus eggs. Additionaly, FLS, LCC and DRC showed cytotoxic activity on human lymphocytic leukemia cells. Sistemically administered FLS demonstrated anti-edematogenic activity on carragenan (Cg)- and yeast-induced rat paw edema models, but did not show any effect on dextran- or bradikinin-induced rat paw edema models. The FLS effect on Cg model was not modified by treatment with indomethacin or L-NAME what implies that it seems not to affect COX or NO pathways. Notwithstanding, this FLS effect was indeed potentiated by pentoxifylline (PTX) suggesting a possible phosphodiesterase (PDE) or TNF-alfa like cytokines inhibition. Even though FLS significantly inhibited the Cg-induced neutrophil migration on peritoneal cavity of rats, it showed a even stronger inhibitory effect upon fMLP-induced neutrophil migration on peritoneal cavity. This demonstrates that FLS, besides blocking the synthesis or liberation of inflammation mediators such as PG, LT and cytokines can also block one of the migration steps or maybe some of the adhesion molecules involved. FLS also reduced tissue damage induced by acetic acid in rats, demonstrated by its ability to inhibit myeloperoxidase (MPO) activity. However, FLS was not capable of blocking cotton pellet induced granulation tissue formation, which is dependet on PG. FLS antinociceptive activity was observed in experimental pain models, such as the acetic acid-induced abdominal contractions and formalin test, both in mice. Nevertheless, FLS did not modify nociceptive response to thermic stimuli in the hot plate model. FLS antinociceptive effect does not depend on opioid or NO release, and equally is independent from adrenergic activity, though it seems to involve PDE and/or TNF-alfa and other cytokines inhibition. Anti-platelet activity of FLS, LCC and DRC was also studied and all of them showed in vitro platelet aggregation inhibition in platelet-rich human plasma, upon ADP, collagen, thrombin, arachidonic acid or adrenalin agonist addition. FLS, LCC and DRC anti-platelet effect was potentiated by PTX, a PDE inhibitor, but not by L-arginine or aspirin. In conclusion, FLS possess cytotoxic, anti-inflammatory, analgesic and anti-platelet activities. These effects seem to be mediated by the chalcones LCC e DRC, present in FLS.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/2741
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