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Tipo: Dissertação
Título: Avaliação funcional da junção esofagogástrica em obesos e sua relação com a doença do refluxo gastroesofágico
Autor(es): Ferreira, Juliete Vaz
Orientador: Souza, Miguel Ângelo Nobre
Palavras-chave: Diafragma;Refluxo Gastroesofágico;Manometria;Obesidade
Data do documento: 16-Ago-2018
Citação: FERREIRA, J. V. Avaliação funcional da junção esofagogástrica em obesos e sua relação com a doença do refluxo gastroesofágico. 2018. 80 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
Resumo: A obesidade tem sido identificada como um importante fator de risco no desenvolvimento da doença do refluxo gastroesofágica (DRGE). No entanto, o mecanismo dessa relação ainda não é bem descrito. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a função motora da junção esofagogástrica (JEG) em indivíduos obesos e sua relação com a DRGE. Trata-se de um estudo descritivo transversal realizado no período de outubro de 2016 a outubro de 2017, com voluntários do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará e tendo todos os voluntários manifestado consentimento por escrito para participar do estudo. Os voluntários realizaram avaliação clínica, com questionários e medidas antropométricas, teste de manovacuometria para avaliação da pressão inspiratória máxima (PImáx) e os exames de manometria esofágica de alta resolução (MAR) e impedânciopHmetria ambulatorial de 24 horas. O estudo avaliou 21 voluntários com IMC ≥ 40 kg/m² e 26 voluntários do grupo controle com refluxo gastroesofágico (RGE) normal do Laboratório de Pesquisa em Gastroenterologia (LabGastro). Foram formados quatro grupos: IMC normal (n = 12), excesso de peso (n = 14), obesos com exposição ácida do esôfago normal (n = 10) e obesos com exposição ácida do esôfago anormal (n = 11). Houve diferença entre os grupos estudados para as variáveis: gênero, idade e IMC. Não houve diferença significativa entre os sintomas dos voluntários com IMC ≥ 40. Na análise da MAR a pressão intragástrica (PIG) mostrou-se mais elevada no grupo com IMC ≥ 40 com exposição ácida anormal (p = 0,001), a pressão transdiafragmática (Pdi) também foi maior neste grupo (p = 0,014) em comparação com o grupo de IMC normal. A pressão inspiratória da JEG (PJEGinsp) foi maior nos dois grupos com IMC ≥ 40 (p = 0,002) em comparação com os grupos de IMC normal e excesso de peso. O índice de contratilidade da JEG (IC-JEG) foi maior no grupo IMC ≥ 40 com exposição ácida anormal nas manobras respiratórias TH12 e TH24 em comparação com o grupo com IMC normal. Apesar das limitações com relação ao tamanho da amostra e as diferenças entre os grupos avaliados podemos observar com o estudo que a obesidade provoca alterações motoras na JEG, principalmente em indivíduos com exposição ácida anormal.
Abstract: Obesity has been identified as an important risk factor in the development of gastroesophageal reflux disease (GERD). However, the mechanism of this relationship is still not well described. Thus, the objective of this study was to evaluate the motor function of the esophagogastric junction (EGJ) in obese and its relationship with GERD. This is a cross-sectional descriptive study carried out between October 2016 and October 2017, with volunteers from the Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). The research was approved by the Research Ethics Committee of the Universidade Federal do Ceará and all volunteers expressed written consent to participate in the study. Volunteers performed a clinical evaluation, with questionnaires and anthropometric measures, manovacuometry test was used to evaluate the maximal inspiratory pressure (MIP) and the high-resolution manometry (HRM) and ambulatory 24-h impedance-pH measurements. The study evaluated 21 volunteers with BMI ≥ 40 kg / m² and 26 volunteers from the control group with normal gastroesophageal reflux (GER) of the Laboratorio de Pesquisa em Gastroenterologia (LabGastro). Four groups were formed: normal BMI (n = 12), excess weight (n = 14), obese with acid exposure to the normal esophagus (n = 10) and obese with abnormal esophageal acid exposure (n = 11). There was difference between the groups studied for variables: gender, age and BMI. There was no significant difference between the symptoms of volunteers with BMI ≥ 40. In the MAR analysis the intragastric pressure (PIG) was higher in the group with BMI ≥ 40 with abnormal acid exposure (p = 0.001), the transdiaphragmatic pressure was also higher in this group (p = 0.014) compared to the normal BMI group. JEG inspiratory pressure was higher in the two groups with BMI ≥ 40 (p = 0.002) compared to the normal and overweight BMI groups. The contractile index of JEG (IC-JEG) was higher in the BMI group ≥ 40 with abnormal acid exposure in TH12 and TH24 respiratory maneuvers compared to the group with normal BMI. Despite the limitations with regard to the sample size and the differences between the evaluated groups, we can observe with the study that obesity causes motor alterations in JEG, especially in individuals with abnormal acid exposure.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/35675
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