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Tipo: Dissertação
Título: O monstro adaptado: uma análise narrativa das adaptações de Frankenstein para quadrinhos
Autor(es): Rodrigues, Felipe Lima
Orientador: Lucas, Ricardo Jorge de Lucena
Palavras-chave: Frankenstein;Histórias em quadrinhos;Narrativa;Adaptação
Data do documento: 2018
Citação: RODRIGUES, Lima Rodrigues. O monstro adaptado: uma análise narrativa das adaptações de Frankenstein para quadrinhos. 2018. 137 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Instituto de cultura e Arte, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Fortaleza (CE), 2018.
Resumo: A análise do foco narrativo nas adaptações de Frankenstein (1818), de Mary Shelley, para as histórias em quadrinhos se apresenta como oportunidade singular de estudo desse aspecto nas HQ. A obra literária adota o gênero dos romances epistolares, isto é, contado a partir de cartas do narrador-protagonista para um personagem que assume a postura do leitor. Nesse contexto, desenvolve também anacronismos, mudanças na ordem narrativa coerentes com o ritmo e com o desenvolvimento da trama no texto escrito. Esses recursos narrativos são elaborados de diferentes formas nas adaptações para os quadrinhos, com modificações, alterações, adições e exclusões. Além disso, as histórias em quadrinhos contam não apenas com a figura do narrador, presente na literatura, mas também com a do mostrador – aquela entidade que escolhe quais imagens serão enquadradas e apresentadas ao leitor. A observação desses aspectos e da forma como eles se manifestam em diferentes obras que têm em comum sua fonte, o livro, faz-se relevante para o aprofundamento da compreensão das capacidades narrativas das histórias em quadrinhos, suas peculiaridades e limites. O fenômeno é abordado seguindo o pensamento de Gerárd Genette, demonstrado em Palimpsestes (1992), que aborda as diferentes formas que os textos guardam relação entre si; de Linda Hutcheon, apresentado em seu livro Uma Teoria da Adaptação (2011), que observa a adaptação como tradução intersemiótica e mecanismo de evolução e permanência da narrativa na cultura; e Yves Reuter, que desenvolve os diversos aspectos das narrativas em seus estudos. As análises narrativas são conduzidas de acordo com os conceitos apresentados por Thierry Groensteen, em O Sistema dos Quadrinhos (2015), e Comics and Narration (2013), que aponta como indissociáveis as operações de condução da narrativa e gerenciamento do espaço. Na análise das adaptações de Frankenstein de Roche (1947), de Ito (1998), de Macdonald (2009), de Viney (2009), de Sierra (2009), de Wagner (2012), de Borges (2012), de Mousse (2009) e de Katz (2017), são abordadas as peculiaridades narrativas de cada uma, bem como suas diferenças e semelhanças com o livro de Shelley. Além disso, é promovida análise aprofundada das mudanças da estrutura narrativa da adaptação de Mousse (2009). Tais análises lançam luz ao fenômeno da adaptação, cada vez mais presente em nossa cultura, sob a óptica da análise narrativa.
Abstract: The analisis of the narrative focus in the adaptations of Frankenstein (1818), from Mary Shelley, for the comics, presents itself as a unique oportunity to study this aspect of the comics. The literary work adopts the genre of epistolary romances, in other words, it is told from the narratorprotagonist’s letters to a charater who plays the role of a reader. On this context,anachronisms are developed, changes in the narrative order which are coherent with therythm and the development of the plot on the written text. These narrative resources are elaborated in different ways on the comics adaptations with modifications, alterations, additions and exclusions. Besides that, the comics count not only on the narrator, present in the literature, but also on the “shower” – that entity who chooses which images will be framed and presented to the reader. The observation of these aspects and also in the way they manifest themselves in different works which have the same source, the book, makes itself relevant for the deepening of the comprehension of the narrative capacities of comics, its peculiarities and limits. The phenomena is approached following the thought of Gerárd Genette, showed in Palimpsestes (1992), which approaches the different formats the texts keep relation among themselves, from Linda Hutcheon, portrayed on her book “Uma teoria da adaptação” (2011), which observes the adaptation as intersemiotic translation and Evolution mechanism and permanence of the narrative in the culture, and Yves Reuter, who develops the different aspects of narrative in his studies. The narrative analysis are conducted according to the concepts presented by Thierry Groensteen in “O Sistema dos Quadrinhos” (2015) and Comics and narration (2013), which points it as inseparable the conduction of the narration conduction and the management of the space. In the analysis of Frankenstein adaptations by Roche (1947), Ito (1998), Macdonald (2009), Viney (2009), Sierra (2009), Wagner (2012), Borges (2012), Mousse (2009) and Katz (2017), the narrative peculiarities of each one are studied, as well as their differences and similarities to Shelley's book. Besides, the changes in the narrative structure of Mousse's adaptation (2009) is object of intense analysis. Such approaches aim throw light to the adaptation phenomena, more and more present in our culture, on the view of the narrative analysis.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/39368
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