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Tipo: Dissertação
Título : Superando o trancendentalismo epistomológico: A postura universal da filosofia sistemático-estrutural de L. B. Puntel
Título en inglés: Overcoming Epistemological Transcendentalism: The Universal Posture of Systematic - Structural Philosophy by L. B. Puntel
Autor : Lopes, Marden Moura
Tutor: Oliveira, Manfredo Araújo de
Palabras clave : Transcendental;Universal;Epistemologia;Linguagem;Transcendet;Universal;Epistemology;Language
Fecha de publicación : 2019
Citación : LOPES, Marden Moura. Superando o trancendentalismo epistomológico: A postura universal da filosofia sistemático-estrutural de L. B. Puntel. 2019. 135 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019.
Resumen en portugués brasileño: Perdura até nossos dias o paradigma da reviravolta epistemológica na filosofia ocidental, que se articulou de maneira mais rigorosa subvertendo, sobretudo na filosofia de Kant, a teoria que identifica ser e pensar e inserindo uma dicotomia radical entre a dimensão do sujeito e a dimensão do mundo. Ainda que se tenham articulado diferentes formas de desconstrução da tradição no âmbito da filosofia contemporânea, suas posturas fundamentais, não obstante, permanecem vinculadas à cesura entre sujeito e mundo da filosofia moderna. Isso significa dizer que uma teoria da dimensão do mundo concebido, nas palavras do filósofo de Königsberg, como coisa-em-si se nos apresenta como uma tarefa impossível. O objetivo geral da presente dissertação é, contrapondo-se a essa concepção, apresentar como Puntel realiza uma inversão da revolução copernicana operada pela filosofia de Kant e herdada por diversas variantes da filosofia contemporânea. A dificuldade com que se depara nossa tarefa advém de modo bem estrito do fato que predominou com exclusividade, no transcorrer da longa tradição filosófica desde Kant, a saber, a concepção de que o sujeito cognoscente e o mundo são duas dimensões contrapostas – chamadas por vezes de categorias epistêmicas – desde sempre separadas por um abismo intransponível. O alcance e a delimitação dessa posição se inscreve de modo marcante na ideia de que somos nós que projetamos nossos esquemas conceituais ao mundo, sendo assim, o próprio mundo não se expõe e nem é alcançado. A ideia de Kant, levada as últimas consequências, desmorona a tese que identifica ser e pensar, a qual regulou por vezes a atividade filosófica. Este trabalho apresenta como Puntel, em contraposição ao transcendentalismo e a todas as suas nuanças, defende uma concepção que expõe a necessidade do mundo possuir intrinsecamente uma estrutura expressivamente ontológica, ou seja, uma estrutura que não é projetada sobre ele por nenhum sujeito transcendental, tal como sustentam os partidários conscientes e inconscientes da herança kantiana, como é o caso de Habermas. Conforme veremos, Puntel sustenta a tese de que o mundo em seu todo e com todas as suas coisas é expressável; expressabilidade se nos apresenta aqui como um momento estrutural imanente do mundo (do universo), sendo, em consequência, coextensional com ele. A exequibilidade e inteligibilidade do posicionamento teórico que Puntel levanta se dá dentro da ideia de que na filosofia devemos atribuir à linguagem um papel central. Todavia, a má compreensão dessa tese pode levar a ambiguidades no que tange aos interesses de Puntel. A linguagem da qual Puntel fala não é uma linguagem enquanto produção dos sujeitos, mas a uma estrutura ontológica universal que atinge o mundo mesmo. Uma linguagem adequada como a que Puntel tem em vista é um componente irrenunciável de toda teoria e de todo discurso teórico, porque uma teoria ou um discurso teórico deve ser articulado linguisticamente. É por esta razão que a linguagem articulada pela Filosofia Sistemático-Estrutural (FSE) é compreendida como fundamentalmente conectada ao mundo considerado em si mesmo. A FSE desenvolve o conceito de uma linguagem filosófica a partir do fundamento mais importante da concepção sistemática que não é senão o conceito de quadro referencial teórico: o quadro referencial teórico desenvolvido para a filosofia sistemático-estrutural não deve ser entendido como o único e o absoluto, mas como o quadro teórico que tem a pretensão de ser o melhor possível na atualidade. Através disso o programa delineado pela FES tem como obrigação dissuadir as posturas que tendem a teorizar a partir de um quadro teórico transcendental e, por isso, em grande medida, Puntel procura repensar como é possível rearticular a tese entre ‘ser e pensar’ dentro do escopo estrutural o qual propõe, invocando uma dimensão que concatene as dimensões separadas pelo abismo radical: entre a dimensão do mundo e a dimensão do sujeito. Esta empreitada se efetiva ao se reconhecer o lugar a partir do qual o sujeito teoriza e isso somente é factível na medida em que este mesmo sujeito é despotencializado. Uma característica surpreendente dessa despotencialização não é senão que ao invés de perder seu alcance epistemológico, o sujeito aumenta tal capacidade.
Abstract: The paradigm of epistemological overturning in Western philosophy has been lost, which has been articulated in a more rigorous way, subverting, above all in Kant’s philosophy, the theory that identifies being and thinking and inserting a radical dichotomy between the dimension of the subject and the dimension of the world . Although different forms of deconstruction of tradition have been articulated within the framework of contemporary philosophy, their fundamental postures nevertheless remain linked to the caesura between subject and world of modern philosophy. This means that a theory of the dimension of the world conceived, in the words of the philosopher of Königsberg, as a thing-in-itself presents itself to us as an impossible task. The general objective of this dissertation is, in opposition to this conception, to present as Puntel an inversion of the Copernican revolution operated by the philosophy of Kant and inherited by several variants of contemporary philosophy. The difficulty encountered by our task comes very strictly from the fact that it prevailed exclusively in the course of Kant’s long philosophical tradition, that is, the conception that the cognoscent subject and the world are two opposing dimensions - sometimes called of epistemic categories – always separated by an insurmountable gap. The scope and delimitation of this position is markedly marked by the idea that it is we who project our conceptual schemas to the world, so that the world itself is neither exposed nor reached. The idea of Kant, taken to the last consequences, collapses the thesis that identifies being and thinking, which sometimes regulated the philosophical activity. This work presents as Puntel, in opposition to transcendentalism and all its nuances, defends a conception that exposes the necessity of the world to possess intrinsically an expressively ontological structure, that is, a structure that is not projected on him by any transcendental subject, such as the conscious and unconscious partisans of the Kantian heritage maintain, as is the case with Habermas. As we shall see, Puntel sustains the thesis that the world as a whole and with all its things is expressible; expressiveness is presented to us here as an immanent structural moment of the world (of the universe), being consequently coextensive with it. The feasibility and intelligibility of Puntel’s theoretical positioning takes place within the idea that in philosophy we must give language a central role. However, misunderstanding of this thesis may lead to ambiguities regarding Puntel’s interests. The language of which Puntel speaks is not a language as a production of subjects, but a universal ontological structure that strikes the world itself. An adequate language such as Puntel’s aim is an irreplaceable component of every theory and every theoretical discourse, because a theory or a theoretical discourse must be articulated linguistically. It is for this reason that the language articulated by the Systematic-Structural Philosophy (FSE) is understood as fundamentally connected to the world considered in itself. The ESF develops the concept of a philosophical language from the most important foundation of the systematic conception that is no more than the concept of theoretical reference framework: the theoretical frame of reference developed for systematic-structural philosophy should not be understood as the one and the absolute, but as the theoretical framework that pretends to be the best possible at present. Through this the program delineated by the FES has as an obligation to dissuade the postures that tend to theorize from a transcendental theoretical framework and, therefore, to a great extent, Puntel tries to rethink how it is possible to rearticulate the thesis between ‘to be and to think’ within the structural scope which proposes, invoking a dimension that connects the dimensions separated by the radical abyss: between the dimension of the world and the dimension of the subject. This work is effective in recognizing the place from which the subject theorizes and this is only feasible insofar as this same subject is de-motivated. An astonishing characteristic of this decrease power is that instead of losing its epistemological reach, the subject increases that capacity.
URI : http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/41463
Aparece en las colecciones: PPGFILO - Dissertações defendidas na UFC

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