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Tipo: Tese
Título: Efeito farmacológico das frações hexânica, clorofórmica e metanólica do óleo essencial da Alpinia zerumbet na reatividade vascular in vitro e nos parâmetros cardiovasculares in vivo
Título em inglês: Pharmacological effect of the hexanic, chloroformic and methanolic fractions of the essential oil of Alpinia zerumbet in the vascular reactivity in vitro and cardiovascular parameters in vivo
Autor(es): Cunha, Gilmara Holanda da
Orientador: Moraes, Maria Elisabete Amaral de
Palavras-chave: Alpinia;Fitoterapia;Vasodilatação;Hipertensão;Bloqueadores dos Canais de Cálcio
Data do documento: 2012
Citação: CUNHA, G. H. da. Efeito farmacológico das frações hexânica, clorofórmica e metanólica do óleo essencial da Alpinia zerumbet na reatividade vascular in vitro e nos parâmetros cardiovasculares in vivo. 2012. 224 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.
Resumo: A Alpinia zerumbet é uma planta da família Zingiberaceae, denominada popularmente “colônia” no Nordeste do Brasil. É utilizada com fins medicinais no tratamento de hipertensão e tem sido estudada em relação as suas propriedades farmacológicas. Esta pesquisa teve por objetivo analisar o efeito farmacológico das frações hexânica (FHOEAz), clorofórmica (FCOEAz) e metanólica (FMOEAz) do óleo essencial da Alpinia zerumbet (OEAz) na reatividade vascular in vitro e nos parâmetros cardiovasculares in vivo. O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa Animal, da Universidade Federal do Ceará, sob os protocolos n° 55/10 e n° 18/2011, de acordo com as normas de boas práticas que envolvem o uso de animais experimentais. Para todos os experimentos foram utilizados ratos Wistar machos. Realizaram-se experimentos de reatividade vascular no banho de órgãos, com preparações de aorta isolada de rato, com endotélio íntegro e desnudo, mantidos em carbogênio e solução de Krebs-Henseleit com concentração em mmol/L: NaCl: 118,0; KCl: 4,7; KH2PO4: 1,2; MgSO4.7H2O; 1,2; NaHCO3: 15,0; CaCl2: 2,5 e Glicose: 5,5. Foi observada a variação da tensão isométrica e utilizados diferentes fármacos inibidores específicos para análise do mecanismo de ação do efeito vasodilatador. Analisou-se a pressão arterial indireta por pletismografia de cauda em ratos submetidos ao modelo de hipertensão por inibição crônica do óxido nítrico, através da administração do L-NAME, obtendo-se a pressão arterial sistólica, diastólica e média, frequência cardíaca, além da variação do peso corporal. Constatou-se que o OEAz, FHOEAz, FCOEAz e FMOEAz induzem relaxamento de anéis aórticos pré-contraídos com Fenilefrina (1 mol/L), de forma dependente da dose, sendo a menor CE50 a da FMOEAz (150,45 g/mL). A administração por gavagem de 100 mg/kg de OEAz, FHOEAz, FCOEAz e FMOEAz reduziu a pressão arterial em ratos hipertensos pelo modelo de inibição crônica do óxido nítrico, um efeito que foi superior ao controle negativo com água destilada e inferior aos controles positivos com Captopril e Nifedipina. A FMOEAz (0,1 - 3000 g/mL) induz relaxamento dependente da dose em anéis aórticos pré-contraídos com Fenilefrina (1 mol/L) ou KCl (80 mmol/L), com endotélio intacto ou desnudo. Os estudos de mobilização de cálcio mostraram que a FMOEAz inibe o influxo de Ca2+ do meio extracelular, bem como interfere na contração induzida pela liberação de Ca2+ dos estoques intracelulares pela Fenilefrina (1 mol/L) ou Cafeína (30 mmol/L). A 4-aminopiridina (1 mmol/L) e a Iberiotoxina (30 nmol/L) aumentam a CE50 da FMOEAz, mas não interferem no seu efeito vasodilatador final. A pré-incubação com L-NAME (100 mol/L), ODQ (10 mol/L); Indometacina (10 mol/L), Atropina (1 mol/L), Catalase (500 U/ml), SOD (300 U/mL); Wortmannina (0,5 mol/L), Tetraetilamônio (10 mmol/L), Apamina (1 mol/L); Caribdotoxina (15 nmol/L) e Glibenclamida (10 mol/L) não interferiram no relaxamento induzido pela FMOEAz. Concluiu-se que o OEAz, FHOEAz, FCOEAz e FMOEAz possuem efeito hipotensor in vivo e vasodilatador in vitro, e que o mecanismo de ação da FMOEAz, provavelmente, envolve o antagonismo aos canais de cálcio dependentes de voltagem, aos canais de cálcio operados por receptor, interferindo também na liberação de cálcio dos estoques intracelulares.
Abstract: The Alpinia zerumbet is a plant of the family Zingiberaceae, popularly called "colônia" in Northeastern Brazil. It is used for medicinal purposes to treat hypertension and has been studied in relation to its pharmacological properties. This study aimed to analyze the pharmacological effect of hexanic (HFEOAz), chloroformic (CFEOAz), and methanolic (MFEOAz) fractions of the essential oil of Alpinia zerumbet (EOAz) in the vascular reactivity in vitro and cardiovascular parameters in vivo. The research project was approved by the Ethics Committee on Animal Research, of the Federal University of Ceará, under protocol numbers 55/10 and 18/2011, according to the standards of good laboratory practice involving the use of experimental animals. For all experiments male Wistar rats were used. Experiments of vascular reactivity were conducted in organ bath, with preparations of isolated rat aorta with intact endothelium and desnuded, kept in carbogen and Krebs-Henseleit solution with a concentration in mmol/L: NaCl: 118,0; KCl: 4,7; KH2PO4: 1,2; MgSO4.7H2O; 1,2; NaHCO3: 15,0; CaCl2: 2,5 e Glicose: 5,5. Was observed variation in isometric tension and used different specific inhibitors to analyze the mechanism of action of the vasodilator effect. We analyzed blood pressure indirectly by tail plethysmography in rats submitted to chronic hypertension by inhibition of nitric oxide by the administration of L-NAME, obtaining the systolic, diastolic and mean blood pressure, heart rate, beyond variation in body weight. It was found that the EOAz, HFEOAz, CFEOAz MFEOAz induced relaxation of aortic rings pre-contracted with Phenylephrine (1 mol/L), of dose-dependent manner, with the smallest of the EC50 MFEOAz (150.45 mg/mL). The administration by gavage of 100 mg/kg EOAz, HFEOAz, CFEOAz MFEOAz reduced blood pressure in hypertensive rats by the model of chronic inhibition of nitric oxide, an effect that was greater than the negative control with distilled water and less than the positive controls with Captopril and Nifedipine. The MFEOAz (0.1 - 3000 µg/mL) concentration dependently relaxed Phenylephrine (1 mol/L) and KCl (80 mmol/L) contracted rings with intact or denuded endothelium. Studies of calcium mobilization showed that FMOEAz inhibits the influx of Ca2+ from the extracellular environment and interferes with the contraction-induced Ca2+ release from intracellular stocks by Phenylephrine (1 mol/L) or Caffeine (30 mmol/L). The 4-aminopyridine (1 mmol/L) and Iberiotoxina (30 nmol/L) increased the EC50 of MFEOAz but do not interfere in its final vasodilator effect. The pre-incubation with L-NAME (100 mol/L), ODQ (10 mol/L), Indomethacin (10 mol/L), Atropine (1 mol/L), Catalase (500 U/mL), SOD (300 U/mL), Wortmannin (0.5 mol/L), Tetraethylammonium (10 mmol/L), Apamin (1 mol/L); Caribdotoxin (15 nmol/L) and Glibenclamide (10 mol/L) did not interfere with the relaxation induced by MFEOAz. It was concluded that the EOAz, HFEOAz, CFEOAz and MFEOAz have hypotensive effect in vivo and vasodilator effect in vitro, and that the mechanism of action of MFEOAz probably involves the antagonism of calcium channels voltage-dependent, the calcium channel operated by receptor, also interfering in the release of calcium from intracellular stores.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/5554
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