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Tipo: Tese
Título: Alterações do sono, sintomas depressivos e mortalidade : estudo longitudinal de 400 pacientes em hemodiálise
Título em inglês: Sleep disorders, depressive symptoms and mortality : a longitudinal study of 400 patients on hemodialysis
Autor(es): Araujo, Sonia Maria Holanda Almeida
Orientador: Bruin , Veralice Meireles Sales de
Palavras-chave: Síndrome das Pernas Inquietas;Depressão
Data do documento: 2010
Citação: ARAUJO, Sonia Maria Holanda Almeida. Alterações do sono, sintomas depressivos e mortalidade : estudo longitudinal de 400 pacientes em hemodiálise. 2010. 120 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2010.
Resumo: ESPI e Hemodiálise. O estudo compreendeu duas fases, transversal em uma primeira fase e prospectivamente durante os dois anos seguintes (2007-2009) para avaliar as alterações do sono, sintomas depressivos e a mortalidade em pacientes em hemodiálise (HD). Dos 400 pacientes estudados 59% eram homens, idade=51,6±15,5, em HD há 5,9±5,5 anos. Síndrome de pernas inquietas (SPI) presente em 21,5% predominou em mulheres (p< 0,005); 55,8% apresentavam SPI moderada/grave (International Restless Legs Syndrome (IRLS)>15),e 44,2% sintomas leves. Pacientes com SPI apresentavam redução da hemoglobina (p < 0,005) e tendência a hipoalbuminemia (p=0,06). Má qualidade do sono (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, IQSP>5) foi mais comum nos indivíduos com SPI tinham quando comparados aos que não tinham SPI (69,8% vs 56,8%, p=0,002). O risco de SAOS foi maior nos casos com SPI (todos os casos p = 0,01 e casos com SPI moderada/grave, p=0,007, respectivamente). Os casos com SPI moderada/grave associaram-se com hipertensão arterial (p=0,01) que permaneceu após o controle para o risco de SAOS (p=0,02). Os turnos de diálise não se relacionaram com transtornos do sono nem com sintomas depressivos e outras variáveis clínicas e laboratoriais. Alterações do sono e sintomas depressivos na HD. Foram utilizados os questionários IQSP, a Escala de Sonolência de Epworth (ESE), o questionário de Berlin, o IDB-II e o Índice de Comorbidades de Charlson (ICC). Os fatores de risco independentes associados com a má qualidade do sono (56,8%) foram insuficiência cardíaca (OR=1,99, p=0,006), envelhecimento (OR=1,01, p=0,009). Os fatores de risco independentes para depressão (BDI-II>16, 19,3%) foram diabetes (OR=2,96, p=0,001], gênero feminino (OR=1,96, p=0,007), e hipoalbuminemia (OR=1,86, p=0,024). Mortalidade. O teste múltiplo de regressão mostrou que, em ambos os gêneros, o aumento das comorbidades (p<0,005) e idade avançada (p<0,005) associaram-se com a mortalidade. Nas mulheres, o índice de comorbidades determinou a mortalidade (p<0,005). Em homens, hipoalbuminemia (p=0,007), idade mais avançada(p<0,005), paratormônio reduzido (p=0,001) e sonolência excessiva (p=0,03) diurna constituem fatores de risco para mortalidade. Conclusões. A prevalência de depressão nos pacientes em HD é maior que na população geral. Gênero feminino, diabetes, insuficiência cardíaca, hipoalbuminemia e idade são condições importantes associadas com depressão nos pacientes de HD e constituem características úteis para identificar com prioridade os pacientes que podem se beneficiar com o tratamento da depressão após o seu rastreamento. As mulheres e indivíduos com anemia têm risco maior de SPI e SPI revelou-se importante nesse estudo pela sua associação nas formas moderada/grave com hipertensão arterial, além de depressão e má qualidade do sono. Benefícios do tratamento adequado com possível impacto nesses parâmetros devem ser avaliados. Sonolência excessiva diurna associada com doença cerebrovascular e anemia instiga a possibilidade de que a correção da anemia pode melhorar a sonolência um conhecido fator de risco para DCV e mortalidade. A influência de fatores distintos na mortalidade de homens e mulheres nesses pacientes merece ser explorada.
Abstract: SPI and Hemodialysis. The study comprised two phases, first phase in a cross-sectional and prospectively over the next two years (2007-2009) to evaluate sleep disturbances, depressive symptoms and mortality in patients on hemodialysis (HD). Of the 400 patients studied 59% were men, mean age = 51.6 ± 15.5 in HD for 5.9 ± 5.5 years. Restless Leg Syndrome (RLS) present in 21.5% predominated in women (p <0.005), 55.8% had RLS impairment (International Restless Legs Syndrome (IRLS)> 15) and 44.2% mild symptoms. RLS patients had a reduction in hemoglobin (p <0.005) and tendency to hypoalbuminemia (p = 0.06). Poor quality of sleep (Sleep Quality Index in Pittsburgh, PSQI> 5) was more common in individuals with RLS were compared to those without RLS (69.8% vs 56.8%, p = 0.002). The risk of OSA was higher in patients with RLS (all cases p = 0.01 and RLS cases with moderate / severe, p = 0.007, respectively). Cases with SPI moderate / severe were associated with hypertension (p = 0.01) that remained after controlling for risk of OSA (p = 0.02). The shifts of dialysis were not related to sleep disorders or depression symptoms and other clinical and laboratory findings. Sleep disturbances and depressive symptoms in HD. We used the PSQI questionnaire, the Epworth Sleepiness Scale (ESS), the Berlin questionnaire, the BDI-II and Charlson Comorbidity Index (CCI). The independent risk factors associated with poor sleep quality (56.8%) were heart failure (OR = 1.99, p = 0.006), age (OR = 1.01, p = 0.009). The independent risk factors for depression (BDI-II> 16, 19.3%) were diabetes (OR = 2.96, p = 0.001), female gender (OR = 1.96, p = 0.007), and hypoalbuminemia (OR = 1.86, p = 0.024). Mortality. The multiple regression test showed that in both genders, increasing age and comorbidities were associated with mortality. In women, the comorbidity rates determined mortality (p<005). In men, hypoalbuminemia ((p=0.007), older age (p<005), parathyroid hormone (p=0.001) and reduced excessive daytime sleepiness (p=0.03) were associated with mortality. Conclusion. The prevalence of depression in HD patients is higher than the general population. Female gender, diabetes, heart failure, hypoalbuminemia and age are important conditions associated with depression in HD patients and are useful features to identify priority patients who may benefit from the treatment of depression after his screening. Women and individuals with anemia are at greater risk of SPI and SPI has proved important in this study by its association forms moderate / severe arterial hypertension, and depression and poor sleep quality. Benefits of treatment and a possible impact on these parameters must be evaluated. Somnolence excessive daytime sleepiness associated with cerebrovascular disease and anemia instigates the possibility that correction of anemia may improve sleepiness a known risk factor for CVD and mortality. The influence of different factors on mortality in men and women in these patients deserves to be explored.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/6934
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