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Tipo: Dissertação
Título: Determinantes da mortalidade neonatal em Fortaleza-Ceará : um estudo de caso-controle
Título em inglês: Determinants of neonatal in Fortaleza-Ce : a case-control study
Autor(es): Nascimento, Renata Mota do
Orientador: Leite, Álvaro Jorge Madeiro
Palavras-chave: Mortalidade Infantil;Estudos de Casos e Controles;Fatores de Risco
Data do documento: 2011
Citação: NASCIMENTO, R. M. do. Determinantes da mortalidade neonatal em Fortaleza-Ce : um estudo caso-controle. 2011. 126 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2011.
Resumo: A mortalidade neonatal sofre influência de uma complexa relação de fatores socioeconômicos, assistenciais e biológicos. Nas duas últimas décadas a mortalidade nos períodos peri e neonatal não sofreu declínio significativo, devido à permanência dos elevados níveis de mortalidade por fatores ligados à gestação e ao parto. Atualmente, a mortalidade neonatal representa 60% a 70% da mortalidade infantil em todas as regiões brasileiras. Estudos desenhados para investigar os fatores determinantes da mortalidade neonatal têm sido amplamente desenvolvidos no Brasil, no entanto, estudos do tipo caso controle utilizando dados primários não foram desenvolvidos na cidade de Fortaleza-Ce nos últimos anos. O estudo objetivou determinar os fatores associados aos óbitos neonatais em Fortaleza-Ce no ano de 2009. Constituíram os objetivos específicos dessa casuística: descrever as características socioeconômicas e demográficas das mães e dos recém-nascidos para os casos (óbitos neonatais) e os controles (recém-nascidos sobreviventes), identificar as características relacionadas à assistência pré-natal, parto e ao recém-nascido dos óbitos neonatais e dos recém-nascidos sobreviventes e determinar os fatores preditores da mortalidade neonatal utilizando modelagem hierarquizada. Quanto aos aspectos metodológicos, tratou-se de um estudo do tipo caso-controle, com 132 casos de óbitos neonatais e 264 controles obtidos entre os sobreviventes ao período neonatal. Para os casos foram consideradas as crianças nascidas vivas e que morreram antes de completar 28 dias de vida e como controles as que permaneceram vivas neste período, nascidas em Fortaleza-Ce e filhos de mães residentes no município. As informações foram obtidas através de entrevistas domiciliares por meio de questionário estruturado. As variáveis foram agrupadas em quatro blocos hierárquicos de acordo com modelo conceitual: bloco1-características socioeconômicas e demográficas; bloco2-características maternas, história reprodutiva, morbidade materna, comportamento materno, apoio social e exposição à violência; bloco 3-características da assistência no pré-natal e parto; bloco 4-sexo e condições de saúde do recém-nascido. O modelo de análise de regressão logística hierarquizada identificou como fatores associados ao óbito neonatal: bloco 1- raça materna com efeito protetor para raça parda e negra (OR: 0,23; IC 95% 0,09-0,56); bloco 3- tempo gasto entre o deslocamento de casa ao hospital igual ou superior a 30 minutos (OR: 3,12; IC 95% 1,34-7,25), tempo inferior à 1 hora ou superior ou igual a 10 horas entre a internação e o parto (OR: 2,43; IC 95% 1,24-4,76) e pré-natal inadequado (OR: 2,03; IC 95% 1,03-3,99); bloco 4- baixo peso ao nascer (OR:14,75; IC 95% 5,26-41,35), prematuridade (OR: 3,41; IC 95% 1,29-8,98 ) e sexo masculino (OR: 2,09; IC 95% 1,09-4,03). Essa casuística revelou aspectos na determinação das mortes neonatais relacionados à qualidade da assistência pré-natal oferecida às gestantes, à oferta dos leitos hospitalares, indicando a peregrinação das gestantes em busca de maternidades, bem como aspectos relacionados à assistência direta ao trabalho de parto, traduzido pelo determinante tempo superior a 10 horas decorrido entre a internação da gestante e o parto.
Abstract: Neonatal mortality is influenced by a complex interplay of socioeconomic, biological and social assistance. In the last two decades the mortality in the perinatal and neonatal periods not suffered significant declines, due to persistent high levels of mortality factors related to pregnancy and childbirth. Currently, neonatal mortality accounts for 60% to 70% of infant mortality in all regions of Brazil. Studies designed to investigate the determinants of neonatal mortality have been widely developed in Brazil, however, case-control studies using primary data have not been developed in the city of Fortaleza-Ce in recent years. The study aimed to determine factors associated with neonatal deaths in Fortaleza in 2009. Were the specific objectives of this series to describe the socioeconomic and demographic characteristics of mothers and newborns in cases (neonatal deaths) and controls (newborn survivors), to identify the features related to prenatal care, childbirth and newborn and neonatal deaths of infants surviving and determine predictors of neonatal mortality using hierarchical modeling. Methodological terms, this was a study of case-control, with 132 cases of neonatal deaths and 264 controls obtained among survivals of the neonatal period. For cases were considered children born alive and died before 28 days of life and how those controls remained alive during this period, born in Fortaleza-Ce and children of mothers living in the city. The information was obtained through home interviews using a structured questionnaire. Variables were grouped into four groups according to hierarchical conceptual model: Block 1-socioeconomic and demographic characteristics; bloco2-maternal characteristics, reproductive history, maternal morbidity, maternal behavior, social support and exposure to violence; 3-block handling characteristics of the pre prenatal and childbirth; block 4-sex and health of the newborn. The model of hierarchical logistic regression analysis identified factors associated with neonatal death: Block 1 - maternal race with a protective effect against brown and black race (OR: 0.23, 95% CI 0.09 to 0.56), block 3 - between the time spent commuting from home to hospital less than 30 minutes (OR: 3.12, 95% CI 1.34 to 7.25), less than 1 hour or greater than or equal to 10 hours between admission and delivery (OR: 2.43, 95% CI 1.24 to 4.76) and inadequate prenatal care (OR: 2.03, 95% CI 1.03 to 3.99) Block 4 - low weight birth (OR: 14.75, 95% CI 5.26 to 41.35), prematurity (OR: 3.41, 95% CI 1.29 to 8.98) and male (OR: 2.09, CI 95% 1.09 to 4.03). This series has revealed aspects of the determination of neonatal deaths related to the quality of prenatal care offered to pregnant women, supply of hospital beds, indicating the pilgrimage of pregnant women seeking maternity, as well as aspects related to direct assistance to labor, translated determining the time over 10 hours elapsed between admission and delivery in pregnant women.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7065
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