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Tipo: Dissertação
Título: Efeitos da administração de pressão positiva contínua em vias aéreas de modo não invasivo sobre a aeração do parênquima pulmonar em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
Título em inglês: Effect of the administration of continuous positive pressure in aerial ways in not invasive way on the aeration of parênquima pulmonary in patients with pulmonary illness obstrutiva chronicle
Autor(es): Fortaleza, Simone
Orientador: Holanda, Marcelo
Palavras-chave: Respiração Artificial;Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas;Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Data do documento: 2006
Citação: FORTALEZA, S. C. B. Efeitos da administração de pressão positiva contínua em vias aéreas de modo não invasivo sobre a aeração do parênquima pulmonar em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. 2006. 111 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Clínica) - Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2006.
Resumo: Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) caracteriza-se por graus variáveis de bronquite crônica e enfisema pulmonar, tendo por conseqüência aprisionamento aéreo e hiperinsuflação dinâmica. Essas alterações predispõem à fadiga muscular e à necessidade de suporte ventilatório. A ventilação não invasiva com pressão positiva (VNI) é o suporte ventilatório de escolha para tratamento da exacerbação aguda da DPOC, com redução da mortalidade. Os efeitos da aplicação de diferentes níveis de pressão positiva contínua em vias aéreas (CPAP) sobre a hiperinsuflação são controversos, podendo ocasionar agravamento, atenuação ou nenhum efeito. Os métodos de imagem podem contribuir para maior compreensão dos efeitos da CPAP nos pulmões de pacientes com DPOC, incluindo seus efeitos regionais no parênquima pulmonar. Pacientes e Método: Trata-se de um trabalho prospectivo, intervencionista que estudou 11 pacientes com DPOC. Todos foram submetidos a TCAR, sem VNI e com VNI-CPAP (5, 10 e 15 cmH2O) aplicada por máscara nasal. A seqüência das pressões foi randomizada e os cortes tomográficos realizados em Capacidade Residual Funcional. Os cortes foram realizados em três regiões, para cada nível de pressão: ápice (2 cm acima do arco aórtico), hilo (1cm abaixo da carina) e base (2 cm acima do diafragma). As unidades com densidades menores que -950 UH foram consideradas hiperaeradas. Os resultados foram analisados agrupando-se todos os níveis de corte e por regiões: ápice, hilo e base; e ventral, medial e dorsal. Resultados: Houve redução das densidades pulmonares e aumento do número de pixels nas áreas hiperaeradas, com aplicação de níveis de CPAP de 10 e 15 cmH2O em todas as análises (p<0,05). Na análise dos cortes agrupados, a densidade média foi reduzida progressivamente, sendo -846 UH (sem CPAP), -849 UH (CPAP de 5 cmH2O), -859 UH (CPAP de 10 cmH2O) e -869UH (CPAP de 15 cmH2O) (p<0,05). Na subdivisão em regiões, comparado-se sem CPAP com CPAP de 15 cmH2O: em ápice houve redução de -840 para -871UH (p<0,05), em hilo de -848 para -882 UH (p<0,05), em base de -848 para -876 UH (p<0,05), em região ventral de -859 para -885 UH (p<0,05), em região medial de -848 para -864 UH (p<0,05) e em região dorsal de -832 para -860UH (p<0,05) .Ocorreu aumento do percentual de pixels nas áreas hiperaeradas na maioria das análises com CPAP de 10 e 15 cmH2O (p<0,05). Em 2 pacientes houve aumento da densidade pulmonar média e diminuição da aeração com CPAP de 5 cmH2O . Observou-se um padrão de aeração pulmonar de forma não homogênea sendo maior em ápice em relação à base do pulmão e em região ventral em relação a dorsal, que não foi modificado com aplicação de CPAP. Conclusão: A aplicação da CPAP por VNI resultou em aumento da hiperaeração pulmonar com CPAP de 10 e 15 cmH2O detectável a TCAR. Este padrão de resposta não foi homogêneo, havendo um subgrupo de pacientes em que houve redução da hiperaeração com CPAP de 5 cmH2O. A distribuição do grau de hiperaeração induzida pela CPAP dentro do parênquima pulmonar segue a distribuição heterogênea de hiperaeração basal.
Abstract: Introduction: The Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) is characterized by different stages of chronic bronchitis and pulmonary emphysema with air trapping and dynamic hyperinflation. These conditions lead to respiratory muscles fatigue and need of ventilator support. Noninvasive positive pressure support ventilation (NIPPV) is the treatment of choice for COPD exacerbations with mortality reduction. Continuous positive airway pressure (CPAP) effects on hyperinflation is controversy; it can worsen, attenuate or have no effect. Imaging methods can facility the comprehension of CPAP effects on COPD patients, including regional effects on lung parenchyma. Objectives: To evaluate the effect of CPAP application by NIPPV-CPAP on pulmonary hyperinflation in COPD patients. Patients and Method: This is a prospective and interventionist study that evaluated 11 patients with COPD. All patients were evaluated by high resolution CT (HRCT), without and with NIPPV-CPAP (5, 10 and 15 cmH2O) applied by nasal mask. The pressures sequence was randomized and the HRCT images were done in Functional Residual Capacity. HRCT images were done in three regions for each level of pressure: apex (2 cm above the aortic arc), hilar (1cm below the carina) and basis (2 cm above the diaphragm). The units with densities lower than -950 UH were considered hyperinflated. For analysis the results were divided in full lung and in regions: apex, hilar and basis and ventral, medial and dorsal. Results: It was observed a pulmonary density reduction and an increase of pixels on hyperinflated areas with application of CPAP levels greater than 10 cmH2O in all analyses (p<0,05). In grouped lung analysis the mean density was reduced gradually from -846 UH (without CPAP), -849 UH (5 CPAP of cmH2O), -859 UH (10 CPAP of cmH2O) to -869UH (15 CPAP of cmH2O) (p<0,05). In subdivisions, comparing without CPAP and with CPAP of 15 cm cmH2O: in apex it was observed reduction from -840 to -871UH (p<0,05), in hilar region from -848 to -882 UH (p<0,05), in basis from -848 to -876 UH (p<0,05), in ventral region from -859 to -885 UH (p<0,05), in medial region from -848 to -864 UH (p<0,05) and in dorsal region from -832 to -860UH (p<0,05). It was also noted an increase of the percentage of pixels on hyperinflated areas in the majority of analyses with CPAP of 10 and 15 cmH2O (p<0,05). In 2 patients it was observed elevation of mean pulmonary density with CPAP of 5 cmH2O. It was observed that pulmonary parenchyma aeration was distributed in a non homogeneous way with predominance of the apex area comparing with basis of the lung and of the ventral area comparing with dorsal area. Conclusion: The CPAP application by NIPPV resulted in increase of pulmonary hyperinflation with levels of CPAP of 10 and 15 cmH2O detectable by HRCT. However this was not homogeneous, a subgroup of patients had aeration reduction with CPAP of 5 cmH2O. The distribution of aeration induced by CPAP is heterogeneous inside pulmonary parenchyma and follows the heterogeneous basal hyperaeration.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/988
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