Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/80964
Tipo: Dissertação
Título: Corpos dançantes na escola: juventudes compondo uma experiência de si
Autor(es): Brito, Thalia Tavares
Orientador: Linhares, Ângela Maria Bessa
Palavras-chave em português: Dança;Improvisação;Escola;Experiência de si
Palavras-chave em inglês: Dance;Improvisation;School;Experience of yourself
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Data do documento: 2024
Citação: BRITO, Thalia Tavares. Corpos dançantes na escola: juventudes compondo uma experiência de si. 2024. 234 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024.
Resumo: Na busca de reflexionar sobre a expressividade da dança na escola como uma linguagem do movimento e ação do corpo que constrói conhecimentos é que essa pesquisa foi pautada. O caminhar desse construto, que teve como sujeitos da pesquisa as juventudes do ensino médio da Escola Estadual Liceu Professor Francisco Oscar Rodrigues, no município de Maracanaú- CE. Ocorreu por uma abordagem qualitativa (Minayo, 2014), onde foi utilizada a pesquisa-ação (Thiollent, 2009) como metodologia. A práxis da dança na escola ocorreu através da oferta da unidade curricular eletiva, sendo considerados os movimentos da transdisciplinaridade (Nicolescu, 1999) entre os componentes curriculares de Educação Física e de Arte. Para discutir as possibilidades de interações nesse espaço de construção de conhecimentos em dança, buscou-se as contribuições de Débora Barreto (2008), Carla Morandi (2006), Márcia Strazzacappa (2009) e Isabel Marques (2010). Este estudo contou como caminho investigativo o movimento na improvisação em dança como uma proposta de aprendizagem criativa, livre, crítica e transformadora, onde foram designados alguns proponentes e pensadores da improvisação em dança como: Ana Carolina Mundim (2012, 2017); Verônica Pimenta (2021) e Steve Paxton, além das contribuições do Rudolf Laban. Sob uma análise pensada nas factualidades das histórias vividas atreladas à práxis da dança na escola, foi utilizada uma escuta sensível alicerçada nos aportes teóricos das concepções sobre relatos de vida segundo Marie-Christine Josso (2007), Christine Delory-Momberger (2008), Conceição Passeggi (2011) e Sandra Maia-Vasconcelos (2022), considerando <Experiência de Si=, para descortinar as vozes dos corpos dançantes, por meio de relatos orais gravados em rodas de conversas e entrevistas narrativas individuais. Identificou-se, através desses relatos que a improvisação em dança surgiu como um lugar de reflexões e expansão de sensibilidades. Pois, não só interior e exteriormente os jovens lidam com construtos inscritos em seus corpos, e nas suas dimensões que com ele interatuam, mas que têm que conviver 3 interna e externamente 3 com instabilidades e oscilações, onde as identidades territoriais se atam com outras, e onde a história de vida, além do caráter autorreflexivo e retrospectivo, possui um caráter prospectivo. As juventudes apresentaram o que as incomodam pessoal e socialmente, que exclusões e limites, cerceamentos preconceituosos e discriminatórios, como dificuldades de compor travessias vão exigir uma autoimplicação maior de si. Evidenciou-se, os movimentos reflexivos e expressivos feitos na dança possuem a potência de conferir escuta, espaço reflexivo, socializador, criador do novo, para o percurso da consciência se fazer, em aspectos que estavam talvez na névoa do esquecimento, da naturalização ou mesmo no inconsciente. Observou-se, além de dar organicidade ao tecido grupal, a experiência de si associada à criação em dança põe o sujeito como sujeito de mudanças em termos do que funcionava para si como entrave de sua liberdade expressiva. Nesse mover-se do corpo feito pelo sujeito multidimensional que somos, se entreolham afetividade e cognição, ética e estética, mudos pessoais e sociais, contextos da escola e de fora dela, formando um campo de experimentações de si, do outro e da improvisação em dança, onde o sujeito se percebe sujeito de sua autonomia.
Abstract: This research was guided by the search for reflection on the expressiveness of dance in schools as a language of movement and body action that builds knowledge. The path of this construct, which had as research subjects the youths of high school of the Escola Estadual Liceu Professor Francisco Oscar Rodrigues, in the city of Maracanaú-CE. It occurred through a qualitative approach (Minayo, 2014), where action research (Thiollent, 2009) was used as methodology. The practice of dance in schools occurred through the offering of the elective curricular unit, considering the movements of transdisciplinarity (Nicolescu, 1999) between the curricular components of Physical Education and Art. To discuss the possibilities of interactions in this space of knowledge construction in dance, the contributions of Débora Barreto (2008), Carla Morandi (2006), Márcia Strazzacappa (2009) and Isabel Marques (2010) were sought. This study used as an investigative path the movement in dance improvisation as a proposal for creative, free, critical and transformative learning, where some proponents and thinkers of dance improvisation were designated, such as: Ana Carolina Mundim (2012, 2017); Verônica Pimenta (2021) and Steve Paxton, in addition to the contributions of Rudolf Laban. Under an analysis thought of the factualities of the lived stories linked to the praxis of dance in school, a sensitive listening was used based on the theoretical contributions of the conceptions on life stories according to Marie-Christine Josso (2007), Christine Delory-Momberger (2008), Conceição Passeggi (2011) and Sandra Maia-Vasconcelos (2022), considering <Experience of Self=, to unveil the voices of the dancing bodies, through oral reports recorded in conversation circles and individual narrative interviews. It was identified through these reports that improvisation in dance emerged as a place for reflection and expansion of sensibilities. Because, not only internally and externally, young people deal with constructs inscribed in their bodies, and in the dimensions that interact with them, but they also have to live 3 internally and externally 3 with instabilities and oscillations, where territorial identities are linked to others, and where life stories, in addition to their self-reflective and retrospective nature, have a prospective nature. The young people presented what bothers them personally and socially, that exclusions and limits, prejudiced and discriminatory restrictions, such as difficulties in composing journeys will require greater self- involvement. It was evident that the reflective and expressive movements made in dance have the power to provide listening, a reflective, socializing space, and the creation of the new, for the journey of consciousness to be made, in aspects that were perhaps in the fog of oblivion, naturalization or even in the unconscious. It was observed that, in addition to giving organicity to the group fabric, the experience of oneself associated with creation in dance places the subject as a subject of changes in terms of what functioned for him as an obstacle to his expressive freedom. In this movement of the body made by the multidimensional subject that we are, affectivity and cognition, ethics and aesthetics, personal and social worlds, contexts of the school and outside it intersect, forming a field of experimentation of oneself, of the other and of improvisation in dance, where the subject perceives himself as the subject of his autonomy.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/80964
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/2569538576616636
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/8381361724149467
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGEB - Dissertações defendidas na UFC

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2024_dis_ttbrito.pdf4,68 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.