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Tipo: Dissertação
Título: Efeito protetor da boldina no dano neuronal, déficit de memória e resposta inflamatória em camundongos submetidos à isquemia cerebral focal permanente
Título em inglês: Boldine the protective effect on neuronal damage, memory deficits and inflammatory response in mice subjected to permanent focal cerebral ischemia
Autor(es): Lima, Neila Maria Rocha de
Orientador: Andrade, Geanne Matos de
Palavras-chave: Inflamação;Isquemia Encefálica;Memória
Data do documento: 2015
Citação: LIMA, Neila Maria Rocha de. Efeito protetor da boldina no dano neuronal, déficit de memória e resposta inflamatória em camundongos submetidos à isquemia cerebral focal permanente. 2015. 110 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015.
Resumo: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a terceira maior causa de mortalidade e a primeira causa de incapacidade física em todo o mundo. O processo isquêmico ocasiona depleção de oxigênio e glicose, levando a uma cascata de eventos, incluindo, inflamação, apoptose e estresse oxidativo. Substâncias com propriedade anti-inflamatória e antioxidante vêm sendo consideradas como uma nova abordagem terapêutica para o tratamento farmacológico das doenças cerebrovasculares, em especial, o AVE. A boldina é um alcaloide do grupo da aporfina, encontrado nas folhas e casca do Peumus boldus Molina, e tem propriedades anti-inflamatórias e anti-oxidantes. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito neuroprotetor da boldina na neuroinflamação e déficit de memória induzidas pela oclusão permanente da artéria cerebral média (pMCAO) em camundongos. Trinta minutos antes da pMCAO e durante cinco dias após, os animais receberam veículo (solução de HCl 0,025M) ou boldina (8, 16 e 25 mg / kg, ip). A quantificação da área de infarto cerebral, escores neurológicos e atividade da mieloperoxidase (MPO) foram avaliados 24 horas após a pMCAO. Atividade locomotora, memória de trabalho e memória aversiva foram avaliados 72 horas após a pMCAO. A memória episódica e espacial foram avaliadas 96 e 120 horas após a pMCAO respectivamente. Foi realizada a coloração de cresil violeta e Fluoro Jade C 120h após a isquêmia para visualizar a viabilidade neuronal. Finalmente, 120h após a isquemia foi feito imunohistoquímica para GFAP (proteína ácida glial fibrilar) com objetivo de avaliar a atividade astrocitária, TNF-α e iNOS como marcadores inflamatórios. O tratamento com boldina (25mg/kg) reduziu, significativamente, a área de infarto e melhorou os escores na avaliação neurológica 24h após o insulto isquêmico. O TTC indicou que a percentagem média de volumes de infarto foi de 8% em hemisférios de camundongos tratados com veículo submetidos à pMCAO. Quando os camundongos foram tratados com boldina (25mg/kg), ocorreu uma diminuição significativa do volume de infarto para 3%. O tratamento com a boldina atenuou a morte celular no córtex e estriado de camundongos 120 horas após à pMCAO avaliados pela coloração de Cresil violeta e fluoro-jade C. A pMCAO não alterou a atividade exploratória horizontal dos animais, mas diminuiu a atividade exploratória vertical. A boldina na dose de 25mg/kg diminuiu esse déficit motor nos animais isquemiados. A boldina diminuiu déficits de memória aversiva, espacial, episódica e de trabalho. Além disso, a pMCAO promoveu aumento da atividade da mieloperoxidase (MPO), sendo o tratamento com a boldina capaz de impedir o aumento da atividade no córtex. Além disso, as análises de imunohistoquímica mostraram que a expressão de TNF-α e de iNOS, que estão relacionadas com o processo inflamatório, aumentaram após o insulto isquêmico e que a boldina preveniu o aumento dessa expressão. Em relação a atividade astrocitária, a pMCAO mostrou um aumento da imunoreatividade do GFAP, e o tratamento com a boldina preveniu esse aumento. Estes resultados sugerem que o efeito neuroprotetor da boldina pode est ar relacionado , pelo menos em parte, às suas propriedades anti - inflamatórias; porém, outros mecanismos, como a sua propriedade anti oxidante nã o pode ser descartada
Abstract: Stroke is the second largest cause of death and the leading cause of disability worldwide. The ischemic process causes oxygen and glucose depletion and leads to a cascade of events including inflammation, apoptosis and oxidative stress. Substances having anti-inflammatory and antioxidant properties are being considered a new therapeutic approach for the pharmacological treatment of cerebrovascular diseases, in particular the stroke. Boldine is an alkaloid of the aporphine group found in the leaves and bark of Peumus boldus, with anti-inflammatory and anti-oxidants properties. The objective of this study was to investigate the neuroprotective effect of boldine in neuroinflammation and memory deficits induced by permanent middle cerebral artery occlusion (pMCAO) in mice. Thirty minutes before and for 5 days after pMCAO, animals received vehicle (0,025M HCl solution) or boldine (8, 16 and 25 mg / kg, ip). The quantification of cerebral infarction area, neurological scores and myeloperoxidase activity (MPO) were assessed 24 hours after pMCAO. Locomotor activity, working memory and aversive memory were assessed 72 hours after pMCAO. Episodic memory was assessed 96 hours after pMCAO and spatial memory was assessed 120 hours after pMCAO. Cresyl violet and Fluoro Jade C staining was performed 120h after pMCAO to display neuronal viability was carried out. Immunohistochemistry were made for GFAP (glial fibrillary Acid Protein), TNF-α and iNOS as inflammatory markers. Treatment with boldine (25mg / kg) significantly reduced infarct size and improved scores on neurological evaluation 24 hours after the ischemic insult. O TTC showed that the mean percentage of infarct volume was 8% in mice treated with vehicle hemispheres undergoing pMCAO. When mice were treated with boldine (25mg / kg), a significant decrease in the infarct volume to 3%. It was found also observed this treatment with boldine attenuated cell death in the cortex and striatum of mice 120 hours after the pMCAO evaluated by staining Cresil violet and Fluoro-Jade C. Ischemic injury did not alter the horizontal exploratory activity of the animals, but decreased the vertical exploration activity. Boldine at a dose of 25 mg / kg decreased this motor deficits in ischemic animals. Boldine also decreased deficits of aversive memory, spatial, episodic and working. Furthermore, pMCAO promoted increases in myeloperoxidase activity (MPO), treatment with boldine was able to reduce the increase MPO activity in the cortex. Furthermore, immunohistochemical analysis showed that TNF-α expression and iNOS, that are related to inflammation, increased after the ischemic insult and boldine reduces the increase of the expression. The pMCAO showed an increase in the immunoreactivity of GFAP, and treatment with boldine reduced this increase of activity. These results suggest that the neuroprotective effect of boldine may be related, at least in part, to its anti-inflammatory properties, however, other mechanisms, such as its antioxidant property cannot be ruled out.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/14334
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