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Tipo: Dissertação
Título: Estudo do potencial antiinflamatório da clorexidina na gengivite associada ao aumento gengival humana, mediante avaliações clínicas, histológicas e imunohistoquímicas
Título em inglês: Study on the antiinflammatory potential of chlorhexidine in gingivitis associated with human gingival hyperplasia, by histology and immunohistochemistry evaluations
Autor(es): Feitosa, Maria Gisélia Pinheiro
Orientador: Naidu, Talapala Govindaswamy
Palavras-chave: Gegivite;Clorexidina;Inflamação
Data do documento: 2006
Citação: FEITOSA, M. G. P. Estudo do potencial antiinflamatório da clorexidina na gengivite associada ao aumento gengival humana, mediante avaliações clínicas, histológicas e imunohistoquímicas. 2006. 100 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2006.
Resumo: O aumento gengival é uma condição bucal cuja origem é atribuída à interação de múltiplos fatores, dentre eles susceptibilidade genética, influência de hormônios na puberdade e na gravidez, uso de medicamentos como às fenitoína, ciclosporina, diltiazen e anfetamina, ação das citocinas pró-inflamatórias como o TNF-α, e até causas neoplásicas. Embora o acúmulo excessivo da placa dentária e a inflamação crônica gengival, também, estejam relacionados como prováveis fatores predisponentes ao aumento gengival, é controverso se a inflamação pré-existente estimula o crescimento gengival por dificultar a higienização dentária, ocasiona o acúmulo da placa bacteriana e conseqüente processo inflamatório, predispondo o indivíduo à destrutiva doença do periodonto. Desta forma, o presente estudo teve o objetivo de avaliar se a gengivite está presente em todos os pacientes com aumento gengival, e se a evolução do processo inflamatório responde satisfatoriamente ao tratamento com a clorexidina. Quatorze pacientes portadores de crescimento gengival, que se submeteram voluntariamente ao tratamento cirúrgico, aceitaram em participar do estudo. As primeiras biópsias gengivais foram obtidas dos pacientes, antes da realização da gengivectomia, para estudo do processo inflamatório gengival pelos exames histológico (H&E) e para a avaliação da composição das células mononucleares da inflamação, pelo método imunohistoquímico de Peroxidase-Anti-Peroxidase (PAP), utilizando anticorpos monoclonais para os marcadores celulares CD43 (linfócitos T), CD20 (células B) e CD68 (macrófagos). Em seguida os pacientes foram instruidos a realizar bochechos com clorexidina a 0,12% (sem álcool), 30 min após a escovação durante 30 segundos, por dez dias, pela manhã e noite. Subseqüentemente, biópsias gengivais foram obtidas do tecido gengival removido durante o tratamento cirúrgico, para novas avaliações histológica e imunohistoquímicas. Os resultados obtidos foram os seguintes: i) todos os pacientes com aumento gengival apresentaram o processo inflamatório gengival em evolução, num grau histológico de intensidade variando de 1 a 3; ii) o processo inflamatório revelou a presença de células T (5,7 ± 2,07 por 6 campos microscópicos), células B (9,0 ± 4,64) e macrófagos (62,6 ± 16,44); e iii) o tratamento com a clorexidina resultou numa redução histológica da inflamação em 59% dos pacientes, mas não alterou o quadro em quatro pacientes (29%), enquanto que dois pacientes (14%) apresentaram um aumento do processo inflamatório. Após tratamento com a clorexidina, evidenciou-se uma redução de ordem 40% dos macrófagos no tecido gengival (40,5 ± 9,15; p=0.05), com uma moderada alteração dos valores das células T (8,25 ± 1,71) e B (12,75 ± 6,99), revelando uma diminuída participação dos macrófagos no processo inflamatório, e a possível ativação das defesas pelos linfócitos. Essas observações sugerem que ao aumento gengival parece estar associada com a gengivite, e o tratamento com a clorexidina, em forma de bochechos diários, pode ser eficaz na redução do processo inflamatório, na maioria dos pacientes.
Abstract: Gingival hyperplasia is an oral condition whose origin is attributed to the interaction of multiple factors: among them, genetic susceptibility; hormonal influences during puberty and pregnancy; therapy with drugs as varied as phenontoin, cyclosporine, diltiazen and anphetamines; action of proinflammatory cytokines, as TNF-α; and even neoplastic causes. Although excessive accumulation of dental plaque and chronic gingivitis have been included among predisposing factors for gingival hyperplasia, it is not yet known if preexisting gingivitis stimulates the gingival growth, or the hypertrophy promotes, due to the difficulties in dental hygiene, the accumulation of bacterial plaque and the consequent gingivitis, predisposing the individual to destructive periodontal disease. This study had the objective of evaluating if gingivitis is present in all gingival hyperplasia patients, and if the inflammation process responds satisfactorily to chlorhexidine treatment. Fourteen patients who were to undergo voluntary surgical treatment for gingival hyperplasia consented to participate in the study. The initial gingival biopsies were obtained from the patients before they underwent gingivectomy, to evaluate the inflammatory process by histology (H&E), and immunohistochemistry by Peroxidase-Anti-Peroxidase (PAP) method, utilizing monoclonal antibodies to cell markers CD43 (T cells), CD20 (B cells) and CD68 (macrophages). The patients were subsequently induced to perform mouthrinses 30 minutes after dental higiene, with 0.12% chlorhexidine for 30s during 10 days. Biopsies were then obtained from the gingival tissue removed by gingivectomy, for fresh histology and PAP evaluations. The results were as follows: i) all the patients with hyperplasia had ginigival inflammation in evolution, of histological grades 1 to 3; ii) the inflammatory process revealed presence of T cells (5.7 ± 2.07 per 6 microscopic fields), B cells (9.0±4.64), and macrophages (62.6± 16.44); iii) chlorhexidine treatment resulted histological reduction of inflammation, with a 40% decrease in macrophages (40.5 ± 9.15; p=0.05), and a moderate rise in T (8.25± 1.71) and B (12.75 ± 6.99) cells in the gingival tissue, revealing a decreased participation of macrophages, and possibly an increased engagement of lymphocytes in defenses. These observations suggest that there is a definite association between gingival hyperplasia and gingivitis, and that mouthrinses of chlorhexidine can be effective in diminishing the severity of gingival inflammation, in a majority (59%) of individuals.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/1886
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