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Tipo: Dissertação
Título: Violência no trabalho na equipe de enfermagem: prevalência e fatores associados nas emergências de hospitais de referência para causas externas
Título em inglês: Violence at work in the nursing team: prevalence and associated factors in emergencies of reference hospitals for external causes
Autor(es): Almeida, Naianny Rodrigues de
Orientador: Bezerra Filho , José Gomes
Palavras-chave: Violência no Trabalho;Hospitais;Equipe de Enfermagem;Saúde do TrabalhadoR
Data do documento: 31-Ago-2016
Citação: ALMEIDA, N. R. A. Violência no trabalho na equipe de enfermagem: prevalência e fatores associados nas emergências de hospitais de referência para causas externas. 2016. 147 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016.
Resumo: Objetivou-se caracterizar a prevalência, tipologia e fatores associados à violência no local de trabalho contra profissionais de enfermagem. Estudo de corte transversal analítico com abordagem quantitativa realizado nos setores de emergência de quatro hospitais municipais de referência para causas externas em Fortaleza. A amostra foi composta por 217 profissionais de enfermagem. A coleta de dados se deu através de questionário com perguntas fechadas sobre dados sociodemográficos e profissionais, impressões sobre a violência no trabalho e ocorrência da mesma. Os dados foram tabulados no programa Epi Info versão 3.5.3 e posteriormente submetidos à análise estatística através do software STATA versão 13. Realizou-se análise descritiva e bivariada. As variáveis foram confrontadas com o(s) desfecho(s) utilizando o teste de Qui-quadrado ou Exato de Fisher e ainda através do Teste de Wilcoxon Mann-Whitney a fim de verificar possíveis associações estatísticas significantes. A prevalência de violência no trabalho foi de 79,3% (172); agressão verbal, 73,7% (160); assédio moral, 26,7% (58); agressão física e assédio sexual, ambos 6,5% (14). Quanto aos profissionais que sofreram violência, predominaram os de 31 a 40 anos, 29,1% (50); sexo feminino, 83,7% (144); solteiros, 41,3% (71); pardos, 54,1% (93); sem turno fixo de trabalho, 52,3% (90); técnicos de enfermagem, 66,9% (115); tinham de um a cinco anos de experiência profissional, 25,6% (44); e trabalhavam de 31 a 60 horas semanais, 64% (110). As formas de violência que mais se repetiram foram agressão verbal, 70% (160) e assédio moral, 50% (29). Na agressão física e assédio sexual, os principais agressores foram pacientes, 42,9% (6). Acompanhantes ou familiares perpetraram 71,9% (115) dos casos de agressão verbal. No assédio moral, 43,1% (25) dos agressores foram colegas de trabalho da mesma profissão da vítima. O horário da manhã concentrou 43,8% (70) da agressão física, 50% (7) da agressão verbal, 50% (29) do assédio moral e 57,1% (8) do assédio sexual. Identificou-se associação estatística entre faixa etária jovem e sofrer assédio sexual (p=0,010); ser divorciado e sofrer agressão verbal (p=0,048); trabalho diurno e o sofrer agressão verbal (p=0,042); menor tempo de experiência e sofrer agressão verbal (p=0,030); avaliação do local de trabalho como inseguro e sofrer violência ocupacional (p=0,000) e sofrer agressão verbal (p=0,004); relatar chefia violenta e sofrer violência ocupacional (p=0,048) e agressão física (p=0,018); relatar acompanhantes violentos e sofrer agressão verbal (p=0,037); relatar médicos violentos e sofrer assédio moral (p=0,001) e assédio sexual (p=0,000); falta de seguranças ou policiais e sofrer agressão verbal (p=0,031); falta de treinamento sobre violência e sofrer assédio sexual (p=0,035); presenciar violência e sofrer violência ocupacional (p=0,000) e agressão verbal (p=0,000). Para implementação de medidas e intervenções voltadas para a saúde do trabalhador, devem ser considerados não somente os elementos intrinsecamente ligados ao processo de trabalho, mas também os elementos externos; faz-se necessário um conjunto de ações que englobem os profissionais de saúde, administradores e gestores, políticas públicas, fatores econômicos, sociais e culturais.
Abstract: The objective was to characterize the prevalence, typology and factors associated with workplace violence against nursing professionals. An analytical cross-sectional study with a quantitative approach carried out in the emergency departments of four municipal hospitals for external causes in Fortaleza. The sample consisted of 217 nursing professionals. The data collection was done through a questionnaire with closed questions about sociodemographic and professional data, impressions about violence in the workplace and its occurrence. The data were tabulated in the program Epi Info version 3.5.3 and later submitted to the statistical analysis through the software STATA version 13. A descriptive and bivariate analysis was performed. The variables were compared with the outcome (s) using the Chi-square test or Fisher's Exact and also by the Wilcoxon Mann-Whitney test in order to verify possible statistical associations. The prevalence of workplace violence was 79.3% (172); Verbal aggression, 73.7% (160); Bullying, 26.7% (58); Physical aggression and sexual harassment, both 6.5% (14). As for professionals who suffered violence, those aged 31 to 40 predominated, 29.1% (50); Female, 83.7% (144); Unmarried, 41.3% (71); Pardos, 54.1% (93); Without fixed shift, 52.3% (90); Nursing technicians, 66.9% (115); Had one to five years of professional experience, 25.6% (44); And worked from 31 to 60 hours per week, 64% (110). The most repeated forms of violence were verbal aggression, 70% (160) and moral harassment, 50% (29). In physical aggression and sexual harassment, the main aggressors were patients, 42.9% (6). Escorts or relatives accounted for 71.9% (115) of cases of verbal aggression. In bullying, 43.1% (25) of the perpetrators were co-workers of the same profession as the victim. The morning hours accounted for 43.8% (70) of physical aggression, 50% (7) of verbal aggression, 50% (29) of bullying and 57.1% (8) of sexual harassment. A statistical association was identified between the young age group and sexual harassment (p = 0.010); Be divorced and suffer verbal aggression (p = 0.048); Daytime work and verbal aggression (p = 0.042); Less experience time and suffer verbal aggression (p = 0.030); Evaluation of the workplace as unsafe and suffering occupational violence (p = 0.000) and suffer verbal aggression (p = 0.004); Report violent leadership and suffer occupational violence (p = 0.048) and physical aggression (p = 0.018); Report violent companions and suffer verbal aggression (p = 0.037); Report violent physicians and suffer moral harassment (p = 0.001) and sexual harassment (p = 0.000); Lack of security or police and suffer verbal aggression (p = 0.031); Lack of training on violence and sexual harassment (p = 0.035); Witnessing violence and suffering occupational violence (p = 0.000) and verbal aggression (p = 0.000). For the implementation of measures and interventions aimed at workers' health, not only the elements intrinsically linked to the work process, but also the external elements must be considered; It is necessary a set of actions that include health professionals, administrators and managers, public policies, economic, social and cultural factors.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21577
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