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Tipo: Dissertação
Título: Autoeficácia de puérperas em amamentar: um estudo longitudinal
Título em inglês: Self-effectiveness of breastfeeding in breastfeeding: a longitudinal study
Autor(es): Santos, Livia Maria Damasceno dos
Orientador: Oriá, Mônica Oliveira Batista
Palavras-chave: Enfermagem;Aleitamento Materno;Autoeficácia;Promoção da Saúde
Data do documento: 22-Jun-2016
Citação: SANTOS, L. M. D. Autoeficácia de puérperas em amamentar: um estudo longitudinal. 2016. 90 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017.
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a autoeficácia de mulheres no período puerperal quanto ao seu potencial em amamentar. Estudo longitudinal do tipo painel. Realizado no período de maio a dezembro de 2015, o estudo foi dividido em quatro momentos: o primeiro deu-se por contato direto com a puérpera realizado na unidade de Alojamento Conjunto (AC) do Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana, situado em Fortaleza, Ceará. Os três contatos subsequentes foram realizados por meio telefônico com 2, 4 e 6 meses pós-parto. A amostra inicial foi de 66 puérperas. Os instrumentos de coleta contemplaram dados sociodemográficos, obstétricos e da gravidez atual e parto. Para avaliar a autoeficácia das mulheres foi utilizada a Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form (BSES-SF). Foi constatado que a maioria das puérperas apresentou elevada autoeficácia no início da pesquisa (N= 59; 89,4%) e no final (N= 27; 96,4%). Não houve nenhuma puérpera com baixa autoeficácia. Houve associação entre todas as variáveis sociodemográficas e os escores da BSES-SF em todas as etapas do estudo. Quanto a idade (p =0,003 para mulheres com 18-35 anos), raças negra e parda (p= 0,001), ter um parceiro (p= 0,013), mulheres com mais de 9 anos de estudos (p= 0,026), renda familiar (p= 0,001), ser dona do lar (p= 0,012), morar com até duas pessoas (p= 0,001) e não fumar (p= 0,001). Referentes aos antecedentes obstétricos observa-se associação estatística entre o número de abortos e autoeficácia (p= 0,001), ser primípara (p= 0,003). A autoeficácia em amamentar foi influenciada positivamente pelo planejamento da gravidez (p= 0,002), pela orientação e incentivo que a puérpera recebeu dos familiares (p= 0,001), agentes de saúde (p= 0,001), enfermeiros (p= 0,007) e médicos (p= 0,001), parto vaginal (p= 0,001), amamentar após o parto (p= 0,006). Observa-se que houve aumento da média dos escores da escala de autoeficácia (M0-60; M1-64; M2-66,5; M3-64). Constata-se que as participantes do estudo apresentaram nível elevado de autoeficácia. Considerando o tamanho amostral, ao final de 60, 120 e 180 dias respectivamente 44(89,8%), 37(88,1%) e 28(80%) mulheres permaneciam amamentando seus filhos. No decorrer do estudo 17 mulheres interromperam a amamentação, sendo a maioria com 180 dias quando 7(20%) das mulheres por algum motivo deixaram de amamentar. No início do monitoramento, ainda no alojamento conjunto, 100% das mulheres praticavam o AME. O AME apresentou declínio progressivo chegando a 17,9% aos 6 meses. Os resultados revelaram que a prática da amamentação é influenciada por questões sociais, econômicas, culturais e por experiências anteriores da prática, por isso, todas essas variáveis devem ser levadas em consideração nas ações de promoção do Aleitamento Materno. O fato de a mulher apresentar elevada autoeficácia não é suficiente para que esta mantenha o Aleitamento Materno Exclusivo pelo período preconizado de seis meses. Sendo necessário o apoio contínuo dos profissionais de saúde, em especial o enfermeiro, durante o processo de amamentação.
Abstract: The aim of this study was to evaluate the self-efficacy of women in the postpartum period for their potential to breastfeed. Longitudinal study of type panel. Conducted in the period May to December 2015, the study was divided into four stages: the first was made by direct contact with puerperal held in rooming unit (AC) District Hospital Gonzaga Mota of Messejana, in Fortaleza, Ceará. The three subsequent contacts were made by telephone through with 2, 4 and 6 months postpartum. The initial sample was 66 mothers. Data collection instruments contemplated sociodemographic, obstetric and current delivery and pregnancy. To evaluate the self-efficacy of women was used the Breastfeeding Self-Efficacy Scale Scale - Short Form (BSES-SF). As a result it was found that most of women presented high self-efficacy at baseline (N = 59; 89.4%) and the end (N = 27; 96.4%). There was no postpartum women with low self-efficacy. There was an association between all sociodemographic variables and BSES-SF scores at all stages of the study. As for age (p = 0.003 for women 18-35 years old), black and brown races (p = 0.001), having a partner (p = 0.013), women with over 9 years of study (p = 0.026), income family (p = 0.001), owner of the home (p = 0.012), living with up to two people (p = 0.001) and smoking (p = 0.001). Pertaining to obstetric history is observed statistical association between the number of abortions and self-efficacy (p = 0.001), primiparous (p = 0.003). The self-efficacy in nursing was positively influenced by the planning of pregnancy (p = 0.002), the guidance and encouragement that puerperal received from relatives (p = 0.001), health workers (p = 0.001), nurses (p = 0.007) and medical (p = 0.001), vaginally (p = 0.001), breast-feeding after birth (p = 0.006). It is observed that there was an increase of the average self-efficacy scale scores (M0-60, M1-64; M2-66,5; M3-64). It is noted that the study participants showed a high level of self-efficacy. Considering the sample size at the end of 60, 120 and 180 days respectively 44 (89.8%), 37 (88.1%) and 28 (80%) women were still breastfeeding their children. During the study 17 women stopped breastfeeding, the largest quantity of 180 days while 7 (20%) of women for some reason stopped breastfeeding. At the start of monitoring, even in the rooming, 100% of women practiced EBF. The AME showed progressive decline reaching 17.9% at 6 months. The results revealed that the practice of breastfeeding is influenced by social, economic, cultural and previous experiences of practice, so all of these variables must be taken into account in Breastfeeding promotion activities. The fact that women have high self-efficacy is not enough for it to maintain exclusive breastfeeding for recommended period of six months. Requiring the ongoing support of health professionals, especially nurses during breastfeeding.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21790
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