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Tipo: Dissertação
Título: Efeito neuroprotetor do pré-condicionamento por estresse de contensão sobre a lesão induzida por breve mudança subcrítica isquêmica : papel dos receptores A1 da adenosina
Título em inglês: Pre-conditioning induced by restraint stress provides protection against transient cerebral ischemia : role of adenosine A1 receptors
Autor(es): Fontenele Filho, Ailton Teles
Orientador: Cunha, Geanne Matos de Andrade
Palavras-chave: Ataque Isquêmico Transitório;Adenosina;Cafeína
Data do documento: 2009
Citação: FONTENELE FILHO, A. T. Efeito neuroprotetor do pré-condicionamento por estresse de contensão sobre a lesão induzido por breve mudança subcrítica isquêmica : papel dos receptores A¹ da adenosina. 2009. 99 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009.
Resumo: O acidente vascular cerebral, doença incapacitante e terceira causa de morte em países desenvolvidos é caracterizada pela interrupção ou redução do fluxo sangüíneo para o cérebro capaz de causar alteração na função cerebral. Sabe-se que o receptor A1 da adenosina possui um papel chave na neuroproteção devido à diminuição da liberação de glutamato e hiperpolarização neuronal. O objetivo desse trabalho foi determinar os efeitos do pré-condicionamento por estresse de contensão em ratos submetidos à isquemia cerebral transitória (ICT) por oclusão bilateral das carótidas e a participação dos receptores A1 da adenosina nesse processo. Inicialmente, ratos Wistar machos, entre 200-240g, foram submetidos ao estresse de contensão (ST) em cilindros por 2h e imediatamente depois submetidos à ICT pela oclusão de ambas as artérias carótidas durante 30min. Um dos grupos dos animais foi pré-tratado com o antagonista do receptor A1 da adenosina, DPCPX, antes do estresse de contensão nas doses de 0,1mg/kg ou 1mg/kg. A temperatura retal foi monitorada e mantida a 37°C através de uma luz incandescente. Vinte e quatro horas depois do término da ICT os animais foram sacrificados, tiveram seus cérebros dissecados, seccionados e imersos em solução de Cloreto de 2,3,5-Trifeniltetrazol (TTC) a 1% por 30 min. para analise da viabilidade do tecido cerebral. Os testes comportamentais foram efetuados 72h após a ICT e consistiram em Teste do Campo Aberto para a atividade locomotora, Labirinto em Y para a memória operacional ou de procedimento e Esquiva Passiva para aferição da memória aversiva de curta e longa duração. Os animais submetidos à ICT tiveram dano no tecido cerebral (FO= 10,36 ± 0,75%; ISQ= 18,52 ± 2,62%) além de diminuição no comportamento exploratório de rearing (no de eventos: FO= 5,00± 1,23; ISQ= 1,50 ± 0,72) e déficit da memória aversiva de longa duração (FO= 271,2 ± 17,61s; ISQ= 108,4± 67,64s). Nenhuma diferença significativa foi encontrada no número de cruzamentos em Campo Aberto (FO= 15,71± 2,02; ISQ= 11,00± 2,13), na memória de procedimento (FO= 70,16 ± 5,77; ISQ= 71,37 ± 7,94), ou na memória aversiva de curta duração (FO= 145,9 ± 42,75; ISQ= 113,1 ± 64,97).Os animais pré-condicionados por estresse tiveram uma redução na taxa de infarto cerebral (FO= 10,36 ± 0,75%; ISQ= 18,52 ± 2,62%; ISQ+ST= 12,59 ± 0,87%) e um retorno aos níveis normais do comportamento de rearing observado no teste do campo aberto (FO= 5,00± 1,23; ISQ= 1,50± 0,72; ISQ+ST= 6,091± 1,443). No teste de esquiva passiva, observamos uma tendência à melhora da memória aversiva de longa duração (FO= 271,2 ± 17,61s; ISQ= 108,4± 67,64s; ISQ+ST= 156,1±45,81s). Quando tratados com o DPCPX na dose de 1mg/kg, os animais tiveram um bloqueio da neuroproteção obtida com o pré-condicionamento (ISQ= 18,52 ± 2,62%; ISQ+ST= 12,59 ± 0,87%; ISQ+ST+DPCPX 1= 19,95 ± 3,38%), aumento no número de rearings que havia sido normalizada pela contensão (ISQ= 1,50± 0,72; ISQ+ST= 6,091± 1,443; ISQ+ST+DPCPX 1= 3,20± 0,90) e uma tendência à reversão dos efeitos do pré-condicionamento na memória aversiva de longa duração (ISQ= 108,4± 67,64s; ISQ+ST= 156,1±45,81s; ISQ+ST+DPCPX 1= 88,61± 38,83s). O estresse de contensão conferiu neuroproteção aos animais submetidos à ICT e tal neuroproteção foi perdida pelo tratamento prévio com DPCPX. Esses achados apontam para a participação do receptor A1 da adenosina na proteção conferida por estresse de contensão por mecanismos que ainda precisam ser esclarecidos.
Abstract: Stroke,as disabling disease and as third cause death in developed countries, is characterized for the interruption of cerebral blood flow capable to cause alteration on brain functions. It is well established that the activation of A1 adenosine receptor confers neuroprotection against acute noxious brains stimuli. The aim of this study was to investigate the effects of preconditionnement by restraint stress on rats subjected to transient cerebral ischemia (TCI) and the participation of A1 receptor in this process. Firstly, Wistar male rats weighing 200-240g were exposed to immobilisation stress for 2 hours followed to TCI by occlusion of both carotid arteries for 30 minutes. Group of animals were pretreated with A1 receptor antagonist DPCPX (0,1mg/kg or 1 mg/kg. i.p.) before immobilisation stress. Retal temperature was monitored and 37°C were maintened during cirurgical procedure using a heating light. Infarct size was determined by TTC staining 24h after TCI and the behavioral tests were performed after 72 hours. Open field test were used to assess locomotor activity, Y-maze test for working memory and passive avoidance test to aversive short and long term memory evaluation. Our results showed that TCI caused damage on brain tissue (sham operated= 10.36 ± 0.75%; ISC= 18.52 ± 2.62%), decreased the vertical exploratory behavior (number of events: sham= 5.00 ± 1.23; ISC= 1.50 ± 0.72) and deficit on long term aversive memory (sham= 271.2 ± 17.61s; ISC= 108.4 ± 67.64s). No differences were found on the crossing behavior (sham= 15.71 ± 2.02; ISC= 11.00 ± 2.13), working memory (sham= 70.16 ± 5.77; ISC= 71.37 ± 7.94) neither short term memory (sham= 145.9 ± 42.75; ISC= 113.1 ± 64.97). The infarct volume rates on restraint stress (RS) group were significantly less than ischemic (ISC) group (sham= 10.36 ± 0.75%; ISC= 18.52 ± 2.62%; RS= 12.59 ± 0.87%) while the number of rearing were significantly higher (sham= 5.00± 1.23; ISC= 1.50± 0.72; RS= 6.091± 1.443). On the passive avoidance test, restraint stress tend to impair the ischemic damage on the long term memory (sham= 271.2 ± 17.61s; ISC= 108.4 ± 67.64s; RS= 156.1 ± 45.81s). When treated with DPCPX (1mg/kg) the infarct size show an increase (ISC= 18.52 ± 2.62%; RS = 12.59 ± 0.87%; DPCPX= 19.95 ± 3.38%) suggesting a blockade of neuroprotection action achieved by restraint stress. DPCPX also decreased the number of rearing on the open field test (ISC= 1.50 ± 0.72; RS= 6.091± 1.443; DPCPX = 3.20 ± 0.90) and tend to reverse the improvement of long term aversive memory accessed by restraint stress (ISC= 108.4 ± 67.64s; RS= 156.1 ± 45.81s; DPCPX 1= 88.61± 38.83s). This work showed a neuroprotection of pre conditioning restraint stress against cerebral ischemia and the blockade of this action by a previously administration of DPCPX, A1 adenosine antagonist. These findings point to the involvement of the A1 adenosine receptor in the protection conferred by restraint stress by mechanisms that still need to be clarified.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/2181
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