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Tipo: Artigo de Periódico
Título: Fantasia e ideologia: o “lixo” que ingerimos diariamente
Autor(es): Silva, Ana Carolina Nunes
Kangussu, Imaculada
Palavras-chave: Žižek;Crítica;Lacan;Fantasia ideológica
Data do documento: 2016
Instituição/Editor/Publicador: Revista Dialectus
Citação: Silva, A. C. N.; Kangussu, I. (2016)
Resumo: O presente artigo visa apresentar o conceito de “fantasia ideológica” no pensamento de Slavoj Žižek. Por meio do qual, o filósofo esloveno mostra a inevitabilidade da ideologia em nossas vidas, isto é, não há como sair da esfera ideológica, qualquer tentativa de desvencilhamento ideológico, nada mais é que uma ideologia. Na perspectiva do filósofo, a ideologia, mais do que ser algo imposto para nós, mas nossa relação mediada com o mundo, na medida em que opera segundo a lógica da “fantasia”. Žižek insiste na dimensão ideológica da fantasia e na dimensão fantasiosa da ideologia como forma de crítica, já que a ideologia operaria de acordo com as mesmas formas de ocultamento ou inversão da realidade, assim como a fantasia. De acordo com Lacan, pilar da filosofia de Žižek, a fantasia atua como uma forma de obnubilar as falhas de consistência da realidade simbólica. Para o filósofo esloveno, a realidade tem a estrutura de uma ficção, pois é construída a partir da simbolização limitada, isto é, a realidade é uma espécie de interpretação de um determinado ponto do Real. Sendo assim, o Real irrompe em momentos que frequentemente consideramos “ficcionais” ou “fantasiosos”. Žižek alega que, necessitamos direcionar a crítica à realidade efetiva para poder da fantasia, pois como afirmou Lacan, não há outra entrada do sujeito no real senão a fantasia. Isso significa que nenhuma ideologia ou nenhuma sociedade está fechada em si mesma: podemos construir e descontruir fantasias. A articulação entre ideologia e fantasia surge como uma forma de renovação da crítica na democracia liberal, momento em que se declarou o “fim das ideologias” e do advento de uma racionalidade cínica.
Abstract: The present paper aims to present the concept of “ideological fantasy” in Slavoj Žižek‟s thinking. Through this concept the Slovenian philosopher shows the inevitability of ideology in our lives, that is, there‟s no way out of the ideological sphere. Any attempt to get rid of ideology is but another ideology. In the philosopher‟s perspective ideology is more than something imposed to us. It is also the fruit of our mediated relations with the world, because it acts according to the logic of “fantasy”. Žižek insists on the ideological dimension of fantasy, as well as on the fanciful dimension of ideology as a way of criticism, for ideology works according to the ways of either covering or inverting reality, as fantasy does. According to Lacan, pillar of Žižek‟s philosophy, fantasy acts as a way to hide consistency faults of symbolic reality. Reality is structured like fiction, because it is built from a limited symbolization, that is, reality is a kind of interpretation of a specific point of the Real. So, the Real breaks through in moments we often consider “fictional or fanciful”. Žižek claims that it is necessary to direct effective reality criticism to the power of fantasy because, as Lacan affirms, only through fantasy can one enter the Real. This means that no ideology or society is absolutely closed in itself, for we can do and undo fantasies. The articulation between ideology and fantasy appears as a form of renewing the criticism in liberal democracy, moment at which the end of ideology was declared and cynical rationality took place.
Descrição: SILVA, Ana Carolina Nunes. KANGUSSU, Imaculada. Fantasia e ideologia: o “lixo” que ingerimos diariamente. Revista Dialectus, Fortaleza, ano 3, n. 9, p. 6-16, set./dez. 2016.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/22380
ISSN: 2317-2010
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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