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Tipo: Tese
Título: Efeitos da maternidade e do casamento sobre o diferencial de salários entre gêneros no Brasil para o ano de 2014
Autor(es): Souza, Paola Faria Lucas de
Orientador: França, João Mário Santos de
Palavras-chave: Salário;Maternidade;Casamento;Decomposição;Quantílica;Salary;Maternity;Marriage;Decomposition;Quantile
Data do documento: 2016
Citação: SOUZA, Paola Faria Lucas de. Efeitos da maternidade e do casamento sobre o diferencial de salários entre gêneros no Brasil para o ano de 2014. 2016. 113f. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Programa de Pós-Graduação em Economia, Fortaleza (CE), 2016.
Resumo: Esta tese faz um paralelo entre maternidade e casamento com o salário. A base de dados usada é a PNAD de 2014. São três capítulos. No primeiro é feita uma análise do papel da maternidade nas de diferenças salariais femininas. A principal contribuição é situar o Brasil na literatura de motherhood pay gap, salientando principalmente que os efeitos da maternidade devem excluir diferenças de características produtivas entre mães e não mães. Foram usadas 4 especificações de regressão e decomposição de Oaxaca-Blinder, ambos com correção para viés de seleção e considerando as adaptações às bases de dados complexas. Principais resultados: i) penalização salarial para mães; ii) aumento da penalização salarial com o número de filhos; iii) estabilização da penalização a partir do terceiro filho; iv) diferença salarial devido a maternidade similar a encontrada para gêneros; v) característica mãe como definidora de menores salários, vi) menor efeito da maternidade sobre os salários para mães em atividades tipicamente masculinas. No segundo capitulo a análise do motherhood pay gap é feita para toda a distribuição salarial, condicional e não condicional. Para analisar efeitos condicionais regressões quantilicas são adotadas, enquanto para a análise incondicional utiliza-se da decomposição de Melly (2006). As inovações são fazer o estudo em quantis, correção de viés de seleção em ambas as técnicas seguindo uma adaptação de Buchisky (2001), e adotar a decomposição de Melly (2006) para medir o motherhood pay gap. Principais resultados: i) há uma maior penalização à maternidade nos quantis condicionais mais altos; ii) quanto maior o número de filhos maior a penalização salarial em todos os decis condicionais; iii) a diferença salarial devido a maternidade aumenta com o nível de renda; iv) a maior parte da diferença salarial é não é explicada por diferenças de atributos entre os grupos. No terceiro capitulo argumenta-se que o casamento gera um bônus salarial para o homem e uma penalização salarial para as mulheres, sendo um aumentador de diferenças salariais de gênero. Mostra-se este comportamento pela distribuição salarial. As metodologias usadas foram decomposição do índice de T-Theil, regressões quantilicas não condicionais (por RIF) e as decomposições de Oaxaca-Blinder (1973) e Firpo, Fortin e Lemieux (2009). Principais resultados: i) há um prêmio matrimonial para homens; ii) há uma penalização salarial matrimonial para mulheres; iii) a divisão do trabalho doméstico não justifica maiores rendimentos para os homens; iv) há indícios de tratamento salarial diferenciado a homens solteiros e mulheres casadas no mercado de trabalho; v) a penalização salarial do casamento para as mulheres é maior para as com maior renda; vi) a bonificação salarial é maior para os homens com maior renda; vii) o estado civil solteiro é o pior em termos salariais para os homens; viii) o estado civil casada é o pior em termos salariais para as mulheres.
Abstract: This thesis relates motherhood and marriage with salary. The database used is the PNAD of 2014. There are three chapters. In the first, it is made an analysis of the motherhood role in women's wage differentials. The main contribution is to place Brazil in the literature of motherhood pay gap, emphasizing mainly that the effects of maternity should exclude differences of productive characteristics between mothers and non mothers. Four regressionn specificantions and the Oaxaca-Blinder decomposition were used, both with correction for selection bias and considering adaptations to complex databases. Main results: i) salary penalties for mothers; ii) increase in the wage penalty with the number of children; (iii) stabilization of the penalty from the third child; iv) wage difference due to maternity similar to that found for genders; v) maternal characteristics as a determinant of lower wages, vi) lower effect of maternity on wages for mothers in typical male activities. In the second chapter analysis of the motherhood pay gap for all salary distribution, conditional and unconditional. In order to analyze conditional effects, quantitative regressions are adopted, whereas for the unconditional analysis it is used the decomposition of Melly (2006). The innovations are to make quantile study, selection bias correction in both techniques following an adaptation of Buchisky (2001), and adopt the decomposition of Melly (2006) to measure the motherhood pay gap. Main results: i) the greater maternity penalty is in the highest conditional quantiles; ii) the higher the number of children leave higher wage penalty in all the conditional deciles; iii) the wage gap due to maternity increases with the level of income; iv) most of the wage gap is not explained by differences in attributes between groups. In the third chapter it is argued that marriage generates a wage premium for men and a wage penalty for women, what can increase the gender pay differentials. This behavior is shown for the wage distribution. The methodologies used were: decomposition of the T-Theil index, unconditional quantile regressions (by RIF) and the decompositions of Oaxaca-Blinder (1973) and Firpo, Fortin and Lemieux (2009). Main results: i) there is a marriage wage premium for men; ii) there is a matrimonial salary penalty for women; iii) the division of domestic labor does not justify higher incomes for men; iv) there are indications of differential wage treatment for single men and married women in the labor market; v) the wage penalty of marriage for women is higher for those with higher incomes; vi) salary bonuses are higher for men with higher incomes; (vii) single marital status is the worst in terms of wages for men; (viii) married marital status is the worst in terms of wages for women.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/27489
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