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Tipo: TCC
Título: Paris is burning: revisão integrativa da qualidade de vida de homens transgênero em hormonioterapia
Autor(es): Sousa, Weslley Monteiro Amora
Orientador: Peixoto, Raquel Autran Coelho
Palavras-chave: Pessoas Transgênero;Enfermagem;Qualidade de Vida;Terapia de Reposição Hormonal
Data do documento: 2019
Citação: SOUSA, W. M. A. Paris is burning: revisão integrativa da qualidade de vida de homens transgênero em hormonioterapia. 2019. 48 f. Monografia (Graduação em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019.
Resumo: A leitura dos corpos em sociedades ocidentais é arraigada em características físicas, tradicionalmente associadas a machos ou fêmeas, o que reduz a individualidade e possibilidade da auto-identificação do ser em detrimento de padrões externos ligados a lógica binarista (macho ou fêmea, homem ou mulher), o que traduz nosso olhar sobre sexualidade e gênero quando atribuímos cores, vestimentas e brincadeiras na infância e, mais tarde, regras raramente verbalizadas e empregos baseados em caracteres sexuais primários e secundários. O processo transexualizador é caracterizado por todos os métodos legais utilizados para se realizar mudanças corporais/sociais e promover suporte em saúde de forma a trabalhar a individualidade do ser com base na sua própria perspectiva de imagem e auto-entendimento. Compreendendo-se dentro de duas modalidades, a ambulatorial e a hospitalar, o processo transexualizador ancora-se na Rede de Atenção à Saúde. A hormonioterapia consiste na utilização de estrogênio ou testosterona, tendo como função promover alterações de caracteres sexuais primários e, principalmente, secundários, porém, este uso costuma receber um acompanhamento profissional constante devido a alterações não desejadas na terapêutica. Logo, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão integrativa sobre os impactos da hormonioterapia na qualidade de vida de homens transgênero, dentro ou não do processo transexualizador. O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa sobre a qualidade de vida de homens transgênero em hormonioterapia. As bases de dados utilizadas foram BVS, PubMed, CINAHL, SciELO, LILACS e IBECS. O estudo foi dividido em 6 etapas, sendo: identificação do problema, estabelecimento dos critérios para coleta de dados (inclusão e exclusão), determinação das informações que deveram ser observadas nos estudos, avaliação dos achados para inclusão na revisão, interpretação dos achados, e apresentação da revisão. Obtiveram-se ao final da coleta nas bases de dados 12 estudos, todos internacionais, com caráter quantitativo, que utilizavam diversos instrumentos para avaliação da qualidade de vida. O principal aspecto observado foi a relação entre a qualidade de vida e aspectos mentais, em que 9 dos 12 estudos apontaram um provável impacto positivo, porém dois não encontraram relação entre hormonioterapia e qualidade de vida e um obtive uma relação negativa, entretanto, o mesmo relata que este é um resultado provavelmente espúrio. Algumas variáveis entraram em sinergia com a hormonioterapia, sendo estas a idade, satisfação sexual, escolaridade e situação trabalhista, imagem corporal e satisfação vocal. Não foram obtidos estudos que correlacionam a atuação da enfermagem junto ao processo transexualizador ou qualidade de vida relacionada a hormonioterapia para homens transgênero. Não foram obtidos estudos que trabalhassem o uso da hormonioterapia fora do processo transexualizador. Conclui-se que o uso da hormonioterapia pode ser preditora da qualidade de vida em homens transgênero, porém mais estudos devem ser elaborados para avaliar essa relação, especialmente numa perspectiva nacional. Além disso, a enfermagem deve se apoderar mais da temática, desenvolvendo intervenções ou diagnósticos de enfermagem que irão promover e qualificar a sua atuação frente a essa população.
Abstract: The reading of bodies in Western societies is rooted in physical characteristics, traditionally associated with males or females, which reduces the individuality and possibility of self-identification of self to the detriment of external patterns linked to binaristic logic (male or female, male or female ), which translates our view of sexuality and gender when we assign colors, dress and play in childhood and later, rarely verbalized rules and jobs based on primary and secondary sexual characters. The transexualizer process is characterized by all the legal methods used to make bodily / social changes and promote health support in order to work the individuality of the self based on their own perspective of image and self-understanding. Understanding in two modalities, the outpatient and the hospital, the transexualizer process is anchored in the Network of Attention to Health. The hormone therapy consists of the use of estrogen or testosterone, whose function is to promote changes in primary sexual characteristics and, mainly, however, this use usually receives constant professional follow-up due to wanted changes in therapy. Therefore, the objective of this work is to perform an integrative review on the impacts of hormone therapy on the quality of life of transgender men, whether or not the transsexualizer process. The present study is an integrative review on the quality of life of transgender men in hormone therapy. The databases used were BVS, PubMed, CINAHL, SciELO, LILACS and IBECS. The study was divided into 6 stages: identification of the problem, establishment of criteria for data collection (inclusion and exclusion), determination of the information to be observed in the studies, evaluation of the findings for inclusion in the review, interpretation of the findings, and presentation of the review. Twelve studies, all international, with a quantitative character, using several instruments to evaluate the quality of life were obtained at the end of the data collection. The main aspect observed was the relationship between quality of life and mental aspects, in which 9 of the 12 studies indicated a probable positive impact, but two did not find a relation between hormone therapy and quality of life and one obtained a negative relation, however, the same reports that this is probably a spurious result. Some variables were in synergy with the hormone therapy, being these the age, sexual satisfaction, schooling and labor situation, body image and vocal satisfaction. We did not obtain studies that correlate the performance of nursing with the transexualizador process or quality of life related to hormone therapy for transgender men. It is concluded that the use of hormone therapy may be a predictor of quality of life in transgender men, but more studies should be developed to evaluate this relationship, especially from a national perspective. In addition, nursing must take over the theme, developing interventions or nursing diagnoses that will promote and qualify its action against this population.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/43443
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