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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/49613
Tipo: | Dissertação |
Título: | Inovação aberta em companhias de saneamento básico brasileiras |
Autor(es): | Vasconcelos, Etienne Unias de |
Orientador: | Cabral, Augusto Cézar de Aquino |
Palavras-chave: | Inovação aberta;Cocriação;Propriedade intelectual;Companhias de saneamento - Brasil |
Data do documento: | 2019 |
Citação: | VASCONCELOS, E. U. Inovação aberta em companhias de saneamento básico brasileiras. 2019. 197 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria, Fortaleza-CE, 2019. |
Resumo: | O presente estudo teve como objetivo investigar como as companhias de saneamento básico brasileiras que adotam a inovação aberta realizam os processos desse tipo de inovação. Segundo Chesbrough (2012), inovação aberta consiste no fluxo contínuo de conhecimento que se expande quando as empresas buscam no mercado novas fontes de tecnologias, assim como disponibilizam seus conhecimentos produzidos e desenvolvidos internamente no ambiente externo. Para o alcance do objetivo proposto, foram identificadas as companhias que possuem áreas de P&D e/ou de inovação; foi analisado o tipo de processo de inovação aberta adotado pelas companhias; foi também verificado como as companhias realizam os esforços de cocriação; além de realizada uma análise do gerenciamento da propriedade intelectual e identificada a atuação da P&D interna das companhias. A pesquisa utilizou abordagem qualitativa, sendo caracterizada como exploratória, tendo como estratégia estudo de caso múltiplo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com trinta gestores das áreas de P&D e das áreas operacionais de água e esgoto das companhias. O primeiro resultado apresentado foi o conceito de inovação aberta na percepção dos entrevistados: utilização do conhecimento disponível por meio da formação de parcerias, a fim de obter ganhos internos. Outro resultado encontrado aponta para oito princípios da inovação aberta, sendo que três deles coincidem com os princípios de Chesbrough (2012): captação sistemática de conhecimentos; arranjo organizacional propício e conhecimento aplicável e distribuído. Os outros princípios identificados foram: contribuição expandida, geração de valor, visão de longo prazo, custos reduzidos e foco do cliente. Os resultados obtidos apontaram também que todas as companhias investigadas adotam a inovação aberta do tipo de fora para dentro, segundo a classificação de Gassmann e Enkel (2004). Entretanto, algumas companhias (A, B e C) estão na fase de transição entre a inovação aberta de entrada e a inovação acoplada, o que ensejou a classificação em novo tipo de inovação aberta encontrado neste estudo: inovação aberta semi acoplada. As outras companhias (D, E e F) adotam unicamente a inovação aberta de fora para dentro. Nessa perspectiva, foi observada a existência de duas trajetórias da inovação aberta, não identificadas na literatura base desse estudo, dentro das companhias investigadas: trajetória em Y (companhias A, B e C) e trajetória linear (companhias D, E e F). Foi verificado também que os esforços de cocriação são realizados principalmente com fornecedores e universidades, e a prospecção de novas ideias é realizada por meio de práticas como: visitas de benchmarking, congressos, encontros técnicos e reuniões. Outro resultado encontrado foi a utilização de patentes por algumas companhias como forma de realizar o gerenciamento da propriedade intelectual, não existindo, contudo, políticas e procedimentos capazes de apontar e classificar as ideias estratégicas a serem protegidas e/ou disponibilizadas. Quanto à atuação da P&D, os resultados apontam para os principais papéis dessa área na consolidação da inovação aberta nas companhias, a saber: atua como facilitadora, como intermediária entre as unidades internas e as fontes externas e como motor difusor da inovação. Porém alguns “pontos cegos” devem ser observados na condução da inovação aberta dentro das companhias: cultura organizacional, tradução das necessidades em características mensuráveis e interação com outras áreas da empresa. Os resultados deste estudo avalizam as pesquisas realizadas em outras empresas, assim como corroboram com a literatura destacada e contribuem para o aprofundamento dos estudos sobre o tema. |
Abstract: | The present study aimed to investigate how Brazilian sanitation companies that adopt open innovation perform the processes of this type of innovation. According to Chesbrough (2012), open innovation is the continuous flow of knowledge that expands when companies seek new sources of technologies in the market, as well as make their knowledge produced and developed internally available in the external environment. To achieve the proposed objective, companies that adopt open innovation were identified; the type of open innovation process adopted by companies was analyzed; It was also verified how companies carry out co-creation efforts; In addition, an analysis of the management of intellectual property was performed and the internal R&D performance of the companies was identified. The research used qualitative approach, being characterized as exploratory, having as strategy multiple case study. Semistructured interviews were conducted with thirty managers of the companies' R&D and water and sewage operating areas. The first result presented was the concept of open innovation in the perception of respondents: use of available knowledge through the formation of partnerships in order to obtain internal gains. Another result found points to eight principles of open innovation, three of which coincide with the principles of Chesbrough (2012): systematic capture of knowledge; conducive organizational arrangement and applicable and distributed knowledge. The other principles identified were expanded contribution, value creation, long-term vision, reduced costs, and customer focus. The results also showed that all the companies investigated adopt open-type innovation from the outside, according to the classification of Gassmann and Enkel (2004). Some companies (A, B and C), however, are in the transition phase between inbound open innovation and coupled innovation, which led to the classification into a new type of open innovation found in this study: semi coupled open innovation. The other companies (D, E and F) only embrace open innovation from the outside. From this perspective, it was observed the existence of two open innovation trajectories, not identified in the base literature of this study, within the investigated companies: Y trajectory (companies A, B and C) and linear trajectory (companies D, E and F). It was also found that co-creation efforts are mainly carried out with suppliers and universities, and prospecting for new ideas is done through practices such as benchmarking visits, congresses, technical meetings and meetings. Another result was the management of intellectual property that refers to the protection of new ideas through patents, but there are no policies and procedures capable of pointing and classifying the strategic ideas to be protected and / or made available. Regarding the R&D performance, the results point to the main roles of this area in the consolidation of open innovation in companies, namely: it acts as a facilitator, as an intermediary and as a diffuser engine of innovation. But some “blind spots” must be observed in driving open innovation within companies: organizational culture, translation of needs into measurable characteristics, and interaction with other areas of the company. The results of this study support the research carried out in other companies, as well as corroborate the highlighted literature and contribute to the deepening of studies on the subject. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49613 |
Aparece nas coleções: | PPAC - Dissertações defendidas na UFC |
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