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Tipo: Dissertação
Título: Casa de mani, mani oca, se tem farinha... De lá vem muito mais! Habitus, linguagem e memória: Um estudo interpretativo dos processos simbólicos no beneficiamento da mandioca
Autor(es): Miranda Filho, René Gouveia
Orientador: Cavalcante, Peregrina Fátima Capelo
Palavras-chave: Antropologia;Cultura;Alimentação;Mandioca
Data do documento: 2009
Citação: MIRANDA FILHO, René Gouveia. Casa de mani, mani oca, se tem farinha... De lá vem muito mais! Habitus, linguagem e memória: Um estudo interpretativo dos processos simbólicos no beneficiamento da mandioca. 2009. 230f. - Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2009.
Resumo: Viver é conhecer um tempo-mundo de um passado intercambiado no presente que não se perde quando algo é motivado na memória. A palavra lembrança é o elo achado sob o testemunho do saber que apreende o mundo. Na experiência da pesquisa científica depara-se com a simplicidade, palavra complexa que para referir-se a ela não se pode deixar de imaginar um ato, um fazer, uma práxis ou uma construção. Ao discorrer sobre o objeto pesquisado falo de um fato imaginado em realidade. Objetar, objetuação, objetivar é um feito dito em coisa realizada. A casa de farinha é parte que não se desprende do viver, e lá a natureza do tubérculo é transformada em alimento na poéisis intensificada em esperança no desejo feito de todos. O mundo cotidiano, mundo passante, contornado nas dobras do mundo desnudando a querência possível. As palavras proferidas aqui traduzem os gestos, os corpos, os sentidos movidos no tempo dos afetos, espiralado e anacrônico, tempo da existência representada entre o ‘virtual’ e o ‘real. Em busca do saber cientifico nos movemos tentar decifrar os enigmas da realidade, e o que se faz é nada mais que experimentar no rigor metodológico enformar o mundo ao corporificar percepções em sensações, volatilizadas na empiricidade externalizadas em objetos. Cada grão de farinha, formado do intenso calor do forno, era substancializado do fazer de quem raspa, cerra, lava, prensa e torra a massa da mandioca. Muitos já partiram e aos outros deixam em memória os feitos da vida, prazerosamente, significados. Seu José Jorge, assim fez, ao deixar em memórias seu conhecimento em mundo. Ao desejar conhecer o ‘Outro’ faz conhecer um tempo de simesmo, o íntimo do pensar, mergulhado nos abissais das intersubjetividades. O dito era o feito no entremeio da realidade, latência do simbólico que formas as palavras. A casa de farinha do Sítio Macaco II não era nem cena e nem palco, mas o ‘pano de fundo’ de uma ritualística estética experimentada na mitopraxis de um viver pensado. Em uma etnografia, esse trabalho, propõe desnudar o vivido, intencionalmente pensado, pois algo só existe porque é inferido significado. A mandioca transformada em produto da farinha, goma, beiju, carimã passa existir como objeto ‘real’, ‘tocável’ e ‘degustavel', e também ‘simbolizado’. Em cultura do imaginário, essa planta que esconde seu fruto na terra, substanciou a sabedoria imaginária nas canções, expressões faladas, cordéis modinhas, meizinhas, frutos espirituosos dos poetas e entoada pelo povo habita o Sertão das caatingas, dos pés de serra e perto do mar. Então, convido a todos a conhecer um pouco do mundo da mandioca feito coisas que alimentam nossos corpos e as mentes.
Abstract: Living is a long-known world of the past exchanged in this that is not lost when something is motivated in memory. The word remember is the link finding "under the baton of knowledge which grasps the world. In the experience of scientific speack is faced with the "simplicity", that complex word to refer to it cannot fail to imagine an act, a doing, a praxis or a building. To discuss the subject researched speech is a fact "imagined" in reality. Object, objetuação, targeting is said in done thing done. The house is part of flour not live off of, and there is the nature of the tuber in processed food in poéisis intensified in the hope of all hope done. The everyday world, world pass, circumvented the folds of word the naked want possible. The words given here reflect the gestures, the body, the senses of affection moved in time, spiral and anachronistic, time of existence represented among the ‘virtual’ and ‘real’. In search of scientific we move to try to decipher the enigmas of reality, and what you do is nothing more than try methodological rigor in shaping the world to externalize the perceptions on the empirical sensations volatilized in outsourced objects. Each grain of flour, formed the intense heat of the furnace, was substancializado of those who do shave, Cerro, wash, press and roasting the mass of cassava. Many have departed and the other no longer made in the memory of life, pleasant, meanings. Your José Jorge, well done, leave the memories his knowledge of world. Want to know the ‘Other’ is a time to know each other, even the intimacy of thinking, steeped in the vast intersubjectivity. The said was "done" in reality the inset, onset of symbolic forms that the words. The house of flour Site II was neither monkey scene and not stage, but ‘the background’ of a ritual performed in mitopraxis aesthetics of a living thought. In an ethnographic, study that aims, proposes to strip the living, intentionally thought, therefore something exists only because a meaning is inferred. The product of cassava processed into flour, gum, beiju, carim is there as an object ‘real’, ‘touch’ and ‘enjoyable’ and also ‘symbolized’. In culture of imagination, the plant that hides its fruit on earth, substantiating a wisdom imaginary in songs, words spoken, cordage, chanson, meizinhas, fruit spirits of poets and sing live for the people of the Hinterland caatingas, the feet of mountains and near the sea. That said this study invites all to know a little of the world's cassava done things that nourish our bodies and minds.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51001
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