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Tipo: Dissertação
Título: Polifarmácia e adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes com diabetes tipo 2 atendidos na rede pública de saúde no município de Fortaleza, Ceará
Título em inglês: Polypharmacy and medication adherence in patients with type 2 diabetes attending public health in the city of Fortaleza, Ceará
Autor(es): Penaforte, Kiarelle Lourenço
Orientador: Montenegro Júnior, Renan Magalhães
Palavras-chave: Diabetes Mellitus Tipo 2;Adesão à Medicação;Polimedicação
Data do documento: 2012
Citação: PENAFORTE, K. L. Polifarmácia e adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes com diabetes tipo 2 atendidos na rede pública de saúde no município de Fortaleza, Ceará. 2012. 103 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina. Fortaleza, 2012.
Resumo: O Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM 2) e um distúrbio endócrino de difícil tratamento. A terapia medicamentosa visa manter o controle metabólico necessário para reduzir o risco de complicações crônicas, bem como melhorar a qualidade de vida dos portadores desse agravo. Por ser um distúrbio metabólico progressivo e complexo, a evolução do diabetes depende do manejo do paciente relativo ao seu tratamento, muitas vezes demandando o uso da polifarmácia, para manter a normoglicemia. O objetivo do estudo foi avaliar a ocorrência de adesão ou não ao tratamento farmacológico e a correlação com a polifarmácia entre os pacientes com diabetes tipo 2 atendidos na rede pública de saúde no município de Fortaleza, Ceará. Trata-se de um estudo transversal e exploratório, constituído por 235 portadores de DM Tipo 2, selecionados de forma sequenciada durante o atendimento no Centro de Saúde Anastácio Magalhães (CSAM) (116/235) e Ambulatório de Diabetes do Hospital Universitário Walter Cantídeo (HUWC) (119/235). Para mensurar a prevalência e adesão ao tratamento foi empregado o método do autorrelato sendo considerado adesão adequada quando o paciente relatava fazer uso de pelo menos 90% do tratamento proposto. A polifarmácia foi definida como a utilização de 2 ou mais medicamentos e classificada em polifarmácia alta (acima de 5 medicamentos), moderada (4 a 5 medicamentos) e baixa (2 a 3 medicamentos). Para a análise dos dados, foram utilizados os programas estatísticos Stata e Graph pad prism 5.0, sendo aplicado os testes t de Student, qui-quadrado e ANOVA com nível de significância com p<0,05. O grupo estudado foi constituído em sua maioria por indivíduos do gênero feminino 68,9%, com media de idade de 59,3 anos (± 12,7), a maioria casados (51,9%), com predomínio de baixa escolaridade e renda (48,4% com 5 a 9 anos de estudo e 49,5% com média familiar de 1 salário mínimo. A principal comorbidade verificada foi a hipertensão arterial (30%), a complicação crônica mais incidente foi a retinopatia diabética (36,5%). A maioria dos pacientes (50,2%) tinha entre 1 e 10 anos de doença e relatava ter apoio familiar na condução do tratamento (62%). A terapia com polifarmácia foi evidenciada em 88,4% dos casos, havendo predomínio de polifarmácia moderada. Foram utilizados em média 7,5 comprimidos por pessoa dentre 19 tipos de fármacos prescritos. A adesão a terapêutica prescrita foi relatada por 88,2% dos pacientes avaliados, não havendo associação com a polifarmácia. A partir destes dados, se conclui que a polifarmácia é uma condição de elevada prevalência e que não está invariavelmente associada a pior adesão a terapêutica. Embora a combinação de fármacos de modo racional possa maximizar a eficiência do tratamento, deve-se dispensar atenção especial aos perfis clinico-epidemiológicos de maior potencial de benefício.
Abstract: The Diabetes Mellitus type 2 (DM2) is an worldwide endocrine disorder. The therapy drug-based aims maintain metabolic control and improving the quality of life (QoL) of patients. The evolution of diabetes depends upon the management of the treatment by the patient, requiring the use of polypharmacy to maintain the levels of the glucose. We evaluated the occurrence of adherence or non-adherence to the drug therapy and the correlation with polypharmacy among patients with DM2 treated in the public system healthcare in Fortaleza, Ceará. The study was designed as exploratory cross-sectional comprising 235 patients with DM2, selected during the interview in the Health Centre Outpatient Anastácio Magalhães and University Hospital Walter Cantidio. The data were collected by self-report method. The criteria to adherence was considered follow at least 90% of the proposed treatment. Polypharmacy was defined as the use of two or more drugs and classified as; high (>5), moderate (4 to 5) and low (2 to 3) drugs. The statistical analysis was performed using Stata 5.0 and Graph pad prism 5.0, tests used were the Student t test, chi-square, ANOVA, with significance level of 95% (p <0.05). The study group consisted of 68.9% women, mean age of 59.3 years (± 12.7), mostly married (51.9%), with a predominance of few years of education and low income (48.4 % with 5-9 years of education and 49.5% with an average family of 1 minimum wage. We assessed the comorbidities and the results was the retinopathy (36.5%) as the most frequent complication followed by hypertension (30%). Furthermore most patients (50.2%) had between 1 and 10 years of disease and reported to have family support in the conduct of treatment (62%). Regarding the polypharmacy therapy was observed in 88.4% of cases, with a prevalence of moderate type. Were used on average 7.5 pills/person among 19 types of prescribed drugs. Adherence to prescribed therapy was reported by 88.2% of patients, with no association to polypharmacy. These results indicate that polypharmacy is a highly prevalent condition and is not invariably associated with poor adherence to therapy. Although the combination of drugs in a rational way often can maximize the efficiency of treatment, has to consider the clinical-epidemiologic profiles as greatest potential benefit.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/5539
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