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Tipo: Dissertação
Título: Avaliação renal em indivíduos infectados por Schistosoma mansoni em uma área de alta endemicidade no Nordeste brasileiro
Título em inglês: Renal evaluation in individuals infected by Schistosoma mansoni in a high endemicity area in Northeastern Brazil
Autor(es): Galvão, Rosângela Lima de Freitas
Orientador: Bezerra, Fernando Schemelzer de Moraes
Coorientador: Meneses, Gdayllon Cavalcante
Palavras-chave: Esquistossomose;Schistosoma mansoni;Nefropatias;Biomarcadores;Fator A de Crescimento do Endotélio Vascular
Data do documento: 24-Jun-2021
Citação: GALVAO, R. L. F. Avaliação renal em indivíduos infectados por Schistosoma mansoni em uma área de alta endemicidade no Nordeste brasileiro. 2021. 95 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021.
Resumo: A esquistossomose afeta aproximadamente 240 milhões de pessoas no mundo. No Brasil estima-se que 1,5 milhão pessoas estejam infectadas por Schistosoma mansoni e até 15% dos indivíduos diagnosticados evoluem com dano renal. O envolvimento renal na esquistossomose mansoni é caracterizado por lesões glomerulares, com elevada incidência especialmente em pacientes cronicamente infectados e residentes em áreas de alta endemicidade. O dano renal ocorre de forma lenta e por muitas vezes é assintomático, podendo ocorrer em longo prazo manifestação de doença renal crônica, com perda progressiva das funções renais, sendo de grande importância a detecção precoce da doença renal subclínica. O objetivo desse estudo foi investigar alterações renais em pacientes infectados por S. mansoni através de biomarcadores urinários não tradicionais de lesão renal e a sua associação com as diferentes cargas parasitárias encontradas. O estudo transversal foi realizado no povoado de Siebra, zona rural do município de Maruim, estado de Sergipe, Brasil. Dois grupos foram formados baseados no método de Kato-Katz e no IgG-ELISA-SEA: grupo positivo (GP) e grupo negativo (GN) para esquistossomose. Quantificou-se a creatinina urinária, a albuminúria por imunoturbidimetria e proteinúria pelo método colorimétrico. Os biomarcadores urinários de lesão podocitária (VEGF e Nefrina) e o de inflamação glomerular (MCP-1) foram mensurados por imunoensaio e expressos pela razão de creatinina urinária. O VEGF urinário apresentou níveis urinários significativamente elevados no GP em relação ao GN (p=0,004) e nas diferentes intensidades de infecção apresentou níveis elevados na carga parasitária baixa (p= 0,020). O MCP-1 e a nefrina não apresentaram diferenças significantes entre os grupos. Os pacientes infectados não apresentavam doença renal clinicamente evidente, com as dosagens de marcadores clássicos de função renal dentro das faixas normais de excreção, entretanto, foi observado sinais aumentados de dano glomerular, evidenciado pelo aumento significativo dos níveis de VEGF urinário, inclusive nos indivíduos com baixa carga parasitária de S. mansoni. Esse achado sugere que o VEGF possa ser um promissor biomarcador precoce do dano renal na esquistossomose, porém, são necessários mais estudos para avaliação do VEGF e para uma melhor compreensão dos mecanismos fisiopatológicos de lesão renal causada pelo S. mansoni.
Abstract: Schistosomiasis affects approximately 240 million people worldwide. In Brazil, it is estimated that 1.5 million people are infected with Schistosoma mansoni and up to 15% of diagnosed individuals develop kidney damage. Renal involvement in schistosomiasis mansoni is characterized by glomerular lesions, with a high incidence, especially in chronically infected patients living in areas of high endemicity. Renal damage occurs slowly and is often asymptomatic, with a long-term manifestation of chronic kidney disease, with progressive loss of kidney functions, and early detection of subclinical kidney disease is of great importance. The aim of this study was to investigate renal alterations in patients infected with S. mansoni through non-traditional urinary biomarkers of kidney injury and their association with the different parasite loads found. The cross-sectional study was carried out in the village of Siebra, rural area of the municipality of Maruim, state of Sergipe, Brazil. Two groups were formed based on the Kato-Katz method and the IgG-ELISA-SEA: positive group (GP) and negative group (GN) for schistosomiasis. Urinary creatinine, albuminuria were quantified by immunoturbidimetry and proteinuria by the colorimetric method. The urinary biomarkers of podocytic lesion (VEGF and Nephrine) and glomerular inflammation (MCP-1) were measured by immunoassay and expressed by the urinary creatinine ratio. Urinary VEGF showed significantly high urinary levels GP compared to NG (p = 0.004) and at different intensities of infection it showed high levels in low parasitic load (p = 0.020). MCP-1 and nephrin did not show significant differences between groups. Infected patients did not have clinically evident kidney disease, with dosages of classic markers of renal function within normal excretion ranges, however, increased signs of glomerular damage were observed, evidenced by the significant increase in urinary VEGF levels, including in individuals with low parasite load of S. mansoni. This finding suggests that VEGF may be a promising early biomarker of kidney damage in schistosomiasis, however, further studies are needed to assess VEGF and to better understand the pathophysiological mechanisms of kidney damage caused by S. mansoni.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/60547
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