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Tipo: Dissertação
Título: Enfrentamento religioso-espiritual em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: estudo comparativo com cardiopatas e indivíduos saudáveis
Autor(es): Nascimento, Francisco Alessandro Braga do
Orientador: Pereira, Eanes Delgado Barros
Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica;religiosidade;Espiritualidade;Qualidade de Vida;Adaptação Psicológica
Data do documento: 25-Nov-2016
Citação: NASCIMENTO, F. A. B. Enfrentamento religioso-espiritual em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: estudo comparativo com cardiopatas e indivíduos saudáveis. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/64981. Acesso em: 08/04/2022.
Resumo: INTRODUÇÃO: A DPOC prejudica o portador em vários aspectos de sua vida, limita a execução das atividades da vida diária, como também interfere nas relações afetivas, conjugais e sexuais, no lazer e no exercício profissional. A religiosidade e espiritualidade são estratégias de enfrentamento que estão associadas a desfechos de saúde física e mental em pacientes crônicos, embora ainda seja um assunto escasso de literatura científica na DPOC. OBJETIVOS: Este estudo objetivou avaliar a espiritualidade e religiosidade através de duas escalas – Brief RCOPE e DUREL em pacientes com DPOC estável por meio de um estudo multicêntrico e transversal realizado no Hospitais Universitário Walter Cantídio (HUWC) e no Hospital de Messejana Dr Carlos Alberto Studart Gomes no período de fevereiro de 2014 a fevereiro de 2016. MÉTODOS:100 pacientes com diagnóstico de DPOC foram investigados com relação à saúde geral, avaliação funcional respiratória, qualidade de vida, religiosidade e espiritualidade. Utilizou-se para a investigação da religiosidade e do coping religiosoespiritual o os instrumentos DUREL e Brief R-cope respectivamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A idade média encontrada foi de 67,3±6,8 anos, 54% pertencente ao sexo masculino. O valor médio de VEF1 era de 45,49±12,60. Mais de dois terços da amostra (77%) eram católicos e 68% alfabetizados. 67% eram casados ou viviam em união estável. A pontuação média do CAT foi de 18,6±8,2 pontos. A média do PHQ-9 foi de 9,03±5,83. O coeficiente físico sumarizado médio foi de 39,25±15,28, já o coeficiente mental sumarizado foi de 51,28±11,83. A distância média de caminhada foi de 368,5±76,12m. Em relação à religiosidade organizada, 65% da amostra frequentava a igreja ou templo pelo menos 1 vez na semana. No que tange à religiosidade não organizada, 99% se dedicava a atividades religiosas no domicílio pelo menos uma vez na semana. 100% da amostra acredita ser verdade sentir a presença de Deus em suas vidas, o que caracteriza a religiosidade intrínseca. A respeito do coping (enfrentamento) religioso-espiritual medido pelo instrumento Brief R-cope, a média do CRE(+) foi de 27,17±1,6 e do CRE(-) foi de 8,21±2,12. Pacientes com DPOC utilizam mais a estratégia positiva para enfrentar a doença(p=0,01). Mulheres se valem mais do componente positivo do CRE do que os homens (p=0,02). Ao correlacionarmos a espiritualidade com as variáveis da amostra, observamos que estratégias negativas de CRE se correlacionaram com a gravidade da doença, avaliada pelo TC6min (r=-0,3 p<0,05). Também foi encontrada relação direta entre o CRE(-) com o sofrimento psíquico, medido pelo PHQ-9 (r=0,2 p<0,03). Por ser um estudo transversal não foi estabelecido causa e efeito. Os pacientes eram provenientes de instituições de atenção terciária, não sendo possível generalizar os dados para pacientes de atenção primária. CONCLUSÕES: Não observamos diferença de gênero quanto à religiosidade. O coping religioso negativo foi menos comum na amostra, embora tenha tido implicações significativas nos desfechos a exemplo da gravidade da doença e sofrimento psíquico. Aqueles que frequentaram instituição religiosa pelo menos uma vez na semana apresentam melhor qualidade de vida e utilizam menos os aspectos negativos do CRE
Abstract: BACKGROUND: COPD patients have impairments in several aspects of their lives such as daily life activities, social relationships, sexual activity, leisure and professional life. Religiosity and spirituality are coping strategies that can be useful as outcome predictors in physical and mental health for chronic illness such as copd, although its shortage in scientific literature. AIMS: This transversal multicentric study aimed to assess spirituality as well as religiosity through two validated scales: The Duke Religious Index (DUREL) and Brief R-cope Scale in stable COPD outpatients in two hospitals located in Fortaleza-Ceará from February 2014 to February 2016. METHODS: 100 patients enrolled the study. They were assessed to general health, respiratory functional tests, health related quality of life, religiousity and spirituality. RESULTS AND DISCUSSION: Mean age was 67,3±6,8 years, 54% were male, mean FEV1 was 45,49±12,60, 77% were catholic, 68% were literate, 67% were married/stable union. CAT mean result was 18,6±8,2. PHQ-9 mean score was 9,03±5,83. Mean physical summary score was 39,25±15,28. Mean mental summary score was 51,28±11,83. Six-minute walk distance was 368,5±76,12 meters. Concerning organizational religiosity, 65% of the sample went to church/temple at least once a week. 99% of the patients used to perform home-based religious activities such as prayers, Reading, meditation and religous tv/radio broadcast shows. 100% of the sampled believed God’s presence in their lives (intrinsic religiosity). Regarding religious/spiritual coping (CRE) assessed through brazilian version of the Brief R-cope scale, mean CRE(+) score was 27,17±1,6 and CRE(-) score was 8,21±2,12. COPD patients use more positive strategy to tackle the disease (p = 0.01). Women tend to use more positive aspect of the CRE than men (p = 0.02). By correlating the spirituality with the sample data we observe that CRE negative strategy correlated with disease severity as assessed by 6MWT (r = -0.3 p <0.05). we also found a direct relationship between CRE (-) with psychological struggle, as measured by PHQ-9 (r = 0.2 p <0.03). This was a cross-sectional study no cause and effect relationship was estabilished. Patients were derived from tertiary care institutions, it is not possible to generalize findings for primary care patients. CONCLUSIONS: No gender difference in religiosity was found. Negative religious coping was less common in the sample, although it has had significant implications for outcomes such as severity of the disease and psychological distress. Those who attended religious institution at least once a week have better quality of life and use less negative aspects of religious/spiritual coping (CRE)
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/64981
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