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Tipo: Artigo de Periódico
Título: Maranhense. E por que não timbira? Os adjetivos pátrios e gentílicos à luz da ecolinguística
Título em inglês: Maranhense. and why not Timbira? the target and gently adjectives in the light of ecolinguistics
Autor(es): Castro, Maria Célia Dias de
Santos, Gisélia Brito dos
Palavras-chave: Ecolinguística;Adjetivo;Linguagem
Data do documento: 2018
Instituição/Editor/Publicador: Revista de Letras - UFC
Citação: CASTRO, Maria Célia Dias de; SANTOS, Gisélia Brito dos. Maranhense. E por que não timbira? Os adjetivos pátrios e gentílicos à luz da ecolinguística. Revista de Letras, Fortaleza, v. 37, n. 2, p. 227-240, jul./dez. 2018
Resumo: No léxico da língua, os adjetivos pertencem a uma classe de nomes que se juntam aos substantivos para acrescentar-lhes significados e características, exercendo papel fundamental na descrição dos objetos e dos eventos do mundo. Nesse conjunto lexical, o qualificativo denomina-se adjetivo pátrio quando se refere à nação, como “brasileiro”, da mesma forma que a naturalidade “maranhense” está associada ao território, o que não ocorre com “timbira”, por exemplo. Esses adjetivos derivam do nome do lugar ou da nação, no que decorre chamarem-se pátrios. Mas ao se pensar no povo, pessoas com costumes similares que habitam determinadas localidades, o conceito acionado é o gentílico, como “potiguar”, “gaúcho”, “capixaba”. Estes adjetivos designativos de raça ou região de origem podem também ser chamados étnicos. Muitos autores não diferenciam os adjetivos que fazem referência ao lugar, à nacionalidade, à pátria dos que referenciam determinados grupos humanos de procedência comum. Esses dois pontos de vista muito interessam à análise ecolinguística, aporte teórico que estuda as inter-relações entre o homem, a língua e o meio ambiente ou território, em sua totalidade, o ecossistema linguístico (COUTO, 2007). Dessa perspectiva decorre a importância de centrar a investigação no meio ambiente, espaço territorial identitário em que a língua se realiza; no homem, com suas origens que o instituem; e na língua, que estabelece a mediação dessa relação do homem com o território. Diante disso, este trabalho objetiva investigar em algumas gramáticas, tradicionais ou mais modernas, o que elas apontam como adjetivo pátrio e como gentílico com o propósito de verificar essa correlação com a linguística ecossistêmica. Os procedimentos metodológicos desta pesquisa bibliográfica são indutivos, com uma abordagem qualitativa, do tipo exploratória e explicativa. Os resultados apontam para a não diferenciaçãoentre adjetivos pátrios e gentílicos na maioria das gramáticas analisadas, ocorrendo o apagamento dos gentílicos, principalmente em função das políticas linguísticas impositivas.
Abstract: In the lexicon of a language, adjectives belong to a class of names that join nouns to add meaning and characteristics to them, playing a fundamental role in the description of objects and events in the world. In this lexical set the qualifier is called a demonym when referring to the nation, like “Brazilian”, in the same way “Maranhense” is associated with the territory, which does not occur with “timbira”, for example. These adjectives derive from the name of the place or the nation, which is why they designate nationality. But when thinking about certain peoples, groups of individuals with similar customs that inhabit certain localities, the concept triggered is that of ethnicity, producing ethnonyms such as “potiguar”, “gaúcho”, “capixaba”. These designative adjectives of race or region of origin may also be called gentilic. Many authors do not differentiate adjectives that refer to the place, to the nationality, to the homeland from those which refer to certain human groups of common origin. These two points of view are of great interest to an ecolinguistic analysis, a theoretical contribution that studies the interrelations between man, language and the environment or territory in its totality, the linguistic ecosystem (COUTO, 2007). From this perspective arises the importance of focusing research on the environment, the space of territorial identity in which the language takes place; on man, with the origins that institute him; and on language, which establishes the mediation of this relationship between man and his territory. With this in mind, this work aims to investigate in some grammars, both traditional and more modern, what they point out as a demonyms and as ethnonyms in order to verify this correlation with ecosystemic linguistics. The methodological procedures of this bibliographic research are inductive, with a qualitative, exploratory and explanatory type approach. The results point to the non-differentiation between demonyms and ethnonyms in most of the grammars analyzed, and the deletion of the gentilic adjectives, mainly as a result of prescriptive linguistic policies.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/46817
ISSN: 2358 4793
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:DLV - Artigos publicados em revistas científicas

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